domingo, 20 de junho de 2010

Os três Jotas e um dê

Essa semana tivemos as duas últimas e principais candidaturas à presidência da república oficializadas. Dilma Rousseff pelo PT e candidata da situação e José Serra, pelo PSDB, candidato da outra parte, a oposição, ou seja a parte que nos cabe. Mas devido ao barulho das vuvuzelas, essas notícias, que "nada tem de relevante", passaram pelo mesmo tom por nossos noticiários.  Agora é oficial, agora não tem mais volta. Em Outubro, saberemos qual o rumo que o país tomará para as próximas décadas e principalmente quais serão os relatos que teremos nos livros de história - isso avaliando a um longuíssimo prazo.
Com esse cenário atualizado, iremos aqui contar a história dos três Jotas e do um Dê. Sim, isso mesmo, pois em uma época em que as pessoas preocupam-se com as tecnologias renovadas em conceito do 3D nas telas de cinema e das casas, a real preocupação, dever ser dirigida a um outro conjunto de letras e números, traduzindo: J de James Hunter, J de Jan Carlzon, J de José Serra e D de Dilma Rousseff.

J de James: James Hunter, americano, é considerado atualmente um dos grandes papas da ciência da administração moderna. Com seu mega-seller O Monge e o Executivo, Hunter fez muitos administradores experimentados assim como estudantes que iniciavam sua jornada, refletir sobre o que é servir, sobre o que ser um líder. Porém, o livro fica no devaneio. Uma obra gostosa de ser lida, mas com gostinho de festa de criança que acaba as oito da noite para não atrapalhar os condôminos. Muito utópico, não reflete em nada a vida real e dura das administrações que todos tem de vivenciar, seja no comando de uma empresa, de uma escola, de um lar ou qualquer outro lugar ou situação. Basicamente, a idéia de James é transmitir a mensagem do líder que serve - ao melhor estilo Ghandhi, ou ao melhor Jesus Cristo. Mas a mensagem geral não é lá muito católica, como se diz no popular não enquanto da transferência do papel para a prática. E como todos os sonhos, é sempre lindo, como todos os planos que ficam apenas nos planos beira a perfeição.

J de Jan: Jan Carlzon, sueco, é a antítese prática de Hunter. Ex-presidente de uma empresa de aviação dinamarquesa nos anos oitenta, Jan revirou o mundo executivo na prática ao implantar o seus sistema de "inversão da pirâmide" onde todos devem ter o poder de decidir e de servir: "do presidente ao servente" sem nenhuma exceção. Pois, de acordo com Jan, quem está na linha de frente da batalha é quem deve ter também o poder nas mãos, na hora de uma decisão. Ou seja, falando em "administres" a parte operacional de uma empresa ou instituição é quem deve dar as cartas quando surgem os incêndios. Jan fez nos anos oitenta o que James diz que devemos fazer hoje, mas sem exemplos concretos. Jan com seu best-seller A Hora da Verdade, tornou-se um dos grandes mentores do pensamento acadêmico e prático da administração moderna, mas o fez lá atrás, em uma época em que a tecnologia de hoje, nem era pensada por assim dizer.


Esses autores, tem em comum, os seus pensamentos deixados para a administração moderna, serão, ambos, estudados e lidos durante muito tempo, suas obras acrescentaram intelectualmente para a academia e mudaram algumas cabeças que atuam na área. O primeiro com a teoria, o segundo com a prática comprovada das ações. Mas que relação eles tem como nossos presidenciáveis ? Algumas:



J de José Serra: Político experiente, já foi, deputado, senador, ministro, prefeito da maior cidade do país e governado do estado mais rico. José nessa análise, é a personificação de Jan Carlzon. José é a pratica aplicada e bem resolvida da vida pública. Assim como Jan, mostrou-se preparado para lidar com as situações na prática, indo da carteira de trabalho com o FGTS, aos remédios genéricos. José, não é sonho, utopia ou teoria, José, é fato.


D de Dilma: Burocrata. Dilma pode ser adjetivada desta maneira. Pois em sua biografia política ela apenas burocratizou. Não comandou, foi ministra e nada mais, o que para o cargo que pleiteia, não é o suficiente. Dilma nesse caso é o James Hunter, de Brasília. Apenas na teoria, nunca na prática. James carrega a utopia da servidão, Dilma do comunismo e da continuidade do projeto de manter o PT no poder.


Nessa análise do alfabeto da administração e do futuro do poder no Brasil, deve-se levar em consideração que o que está em jogo, é o futuro da nação e nesse caso deve-se considerar: sonho ou prática ? Utopia ou resultado ?
Nessa Hora da Verdade, chamada eleições, devemos sim sonhar com um Estado mais justo, correto e que beneficie o povo, mas isso só é conquistado usando a prática.













Nenhum comentário:

Postar um comentário