Suceder o Papa João Paulo II, não seria missão fácil para ninguém, mesmo para um teólogo brilhante, inclinado a manter as tradições e as idéias da Igreja como o Cardeal e braço direito do mesmo João Paulo, Joseph Ratzinger. O Cardeal muitas vezes foi fiel defensor de todas as idéias morais, políticas e consequentemente teológicas da Igreja. Quando eleito Papa, a revista VEJA trouxe-o na capa com o título de " A Igreja congelada" - afinal não era nenhuma novidade as idéias centristas e até antiquadas que o então Cardeal Ratzinger - prefeito para a Congregação da Doutrina da Fé, exercia publicamente.
Aqui cabe uma breve análise: Ratzinger, foi o único cardeal com possibilidade de eleição que não havia sido sagrado cardeal pelo atual Papa, João Paulo II. Ambos já haviam sido amigos de vida cardenalícia inclusive na eleição que escolheu Dom Karol para o pontificado.
Segundamente, Ratzinger, pela formação teológica e católica, exercia no pontificado de João Paulo II, um papel fundamental para a Igreja: era o prefeito para congregação da doutrina da Fé. Traduzindo para o bom português: O Vaticano, sede da Igreja Católica Apostólica Romana, é considerado um Estado, ou seja, possuí uma estrutura administrativa identica a Alemanha, Inglaterra ou o Brasil - tem ministérios (as prefeituras das congregações) e tem os três poderes isolados (judiciário, executivo e legislativo) no caso todos os três estão centrados na figura do Papa, que vale lembrar é o único monarca absolutista que existe no Ocidente. Sendo o mesmo, Cardeal e prefeito (ministro) de um dos mais importantes segmentos da Igreja - na hierarquia do Vaticano a congregação para a doutrina da Fé, é a mais importante - era o mais natural a sua postura de "parede de chumbo" a favor das idéias já concebidas pela Igreja e também não seria de se espantar ter o mesmo fervor contra as idéias que a Igreja não aceita ou acredita - e em alguns casos a pauta já está ultrapassada para as idéias mediavais da Igreja.
Dado tal cenário, o hoje, Papa Bento XVI, teve acertos e erros em seu pontificado até o presente momento. Afinal, assim como seu patrício Nietzche, somos "humanos demasiado humanos" - logo estamos propensos a erros e acertos. Sim, mas isso dado numa vida papal gera tempestades e bonanças maiores do que para os demais mortais. Se uma ovelha erra, ela tem o perdão do Pastor. Mas e se o Pastoreio comete uma discrepância ?
O fato atual considera a seguinte situação: O Papa, ao comentar para a mídia partes de textos de um livro que será publicado por ele, disse que liberou para o uso preservativos em caso de risco de contágio de HIV, em se tratando de atos ocorridos com prostitutas ou homens homossexuais (que palavrinha como diria Mario Prata), ponto, mas não o ponto final da história. Ao "liberar" com todas as aspas possíveis, o uso da camisinha, o Papa deu um tiro no pé, simplesmente porque o texto menciona deliberadamente a prostituição. Logo, se percebermos o contexto, moral e principalmente teológico, o tiro saiu bem no prada vermelho que vossa santidade ostenta. É, como um pianista que tem aulas de Mozart, mas no dia do teste cai Choppin.
A Igreja se abrir para as pautas modernas que transitam por uma sociedade cada dia mais modernizada e menos religiosa, é um dia esperado por todos. Viva o dia em que o Vaticano se abrir para o mundo. Mas não dessa forma.
Não adianta mexer no escapamento, se o problema for nos pneus. Vai andar, mas vai continuar fazendo barulho. Primeiramente: Se, a Igreja almeja liberar o uso da camisinha, ela deve fazer isso por inteiro e não por "faixa etária" do pecado, como foram as argumentações do Papa.
Segundamente: Ao liberar o uso de um método contraceptivo, a Igreja mexe diretamente no Catecismo da Igreja, afinal a Santa Sé libera o ato sexual apenas para procriação.
Mas, assim como Nietzche disse que somos humanos, demasiado humanos, ele também disse que sem música, a vida seria um erro. Sem nós humanos com nossos erros e acertos, a vida também seria um grande erro. E há poucos no mundo que entendem tanto de ambos assuntos, como o próprio Papa.
Liberar o uso da camisinha para os gays e prostitutas é apenas o começo da modernização da Igreja. Modernização que é tantas vezes pedida pelas ovelhas e pela sociedade em geral.
Cabe aqui o pensamento de que modernizar não é pecar. Seguir as sagradas Escrituras e a Tradição (duas pernas da Igreja) significa estar com os pensamentos e as atitudes no tempo certo, bem como disse Paulo, o Apóstolo (diga-se o preferido deste que escreve).
E tal, como o apóstolo, torça-mos para que a Igreja desbrave o mundo, sempre defendendo o bom combate.
O fato atual considera a seguinte situação: O Papa, ao comentar para a mídia partes de textos de um livro que será publicado por ele, disse que liberou para o uso preservativos em caso de risco de contágio de HIV, em se tratando de atos ocorridos com prostitutas ou homens homossexuais (que palavrinha como diria Mario Prata), ponto, mas não o ponto final da história. Ao "liberar" com todas as aspas possíveis, o uso da camisinha, o Papa deu um tiro no pé, simplesmente porque o texto menciona deliberadamente a prostituição. Logo, se percebermos o contexto, moral e principalmente teológico, o tiro saiu bem no prada vermelho que vossa santidade ostenta. É, como um pianista que tem aulas de Mozart, mas no dia do teste cai Choppin.
A Igreja se abrir para as pautas modernas que transitam por uma sociedade cada dia mais modernizada e menos religiosa, é um dia esperado por todos. Viva o dia em que o Vaticano se abrir para o mundo. Mas não dessa forma.
Não adianta mexer no escapamento, se o problema for nos pneus. Vai andar, mas vai continuar fazendo barulho. Primeiramente: Se, a Igreja almeja liberar o uso da camisinha, ela deve fazer isso por inteiro e não por "faixa etária" do pecado, como foram as argumentações do Papa.
Segundamente: Ao liberar o uso de um método contraceptivo, a Igreja mexe diretamente no Catecismo da Igreja, afinal a Santa Sé libera o ato sexual apenas para procriação.
Mas, assim como Nietzche disse que somos humanos, demasiado humanos, ele também disse que sem música, a vida seria um erro. Sem nós humanos com nossos erros e acertos, a vida também seria um grande erro. E há poucos no mundo que entendem tanto de ambos assuntos, como o próprio Papa.
Liberar o uso da camisinha para os gays e prostitutas é apenas o começo da modernização da Igreja. Modernização que é tantas vezes pedida pelas ovelhas e pela sociedade em geral.
Cabe aqui o pensamento de que modernizar não é pecar. Seguir as sagradas Escrituras e a Tradição (duas pernas da Igreja) significa estar com os pensamentos e as atitudes no tempo certo, bem como disse Paulo, o Apóstolo (diga-se o preferido deste que escreve).
E tal, como o apóstolo, torça-mos para que a Igreja desbrave o mundo, sempre defendendo o bom combate.
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