sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

E Ele Chegou. É Natal de Jesus.

Contam os católicos que tudo começou com Gabriel fazendo uma visita à Maria para lhe anunciar a vinda do filho de Deus. Como amamos o Cristo e como amamos Maria por dizer sim.
Contam os protestantes que tudo começou com Gabriel fazendo uma visita à Maria para lhe anunciar a vinda do filho de Deus. Os protestantes amam o Cristo, mas não ligam para Maria.
Contam os judeus que tudo já tinha começado e que Gabriel fez uma visita à Maria para lhe anunciar a vinda de um profeta de nome Jesus, aquele que seria o Cristo. Os Judeus não ligam nem para o Cristo e nem para Maria.
Os ateus dizem que tudo isto não passa de mentira. Que nunca existiu Gabriel, nem Maria, nem Cristo muito meus Deus.

Na verdade as coisas não começaram com o arcanjo Gabriel visitando Maria, para lhe dar a mais bela das boas novas. Tudo começou muito antes, antes da física explicar a origem do universo. Antes dos contos judaicos do livro do gênesis e toda sua turma: Adão, Eva, Cain, Abel, Noé, etc. Tudo começou no sempre, pois Pai, Filho e Espírito Santo existem sempre, são três e um, juntos e ao mesmo tempo e assim sendo os três fizeram-se presentes no nosso mundo humano.

O Pai, criou o céu espiritual, a terra, as coisas visíveis e invisíveis e nos enviou o filho, lá com Gabriel, Maria, José, a cidade de Nazaré e tudo o mais.
O Filho, nos deu ensinamentos, fundou a Igreja, mostrou como se ama, morreu numa cruz assassinado como se fosse um bandido, ressuscitou, sim Ele ressuscitou e voltou para o Pai, depois sua mãe, Maria, também foi levada aos Céus. Os católicos entendem. Os protestantes e os judeus não muito.
O Espírito, aqui ficou, foi a bússola da igreja primitiva, dos primeiros santos, e nos guia até hoje neste mundão de Deus. O Espírito é um presentão do Pai e do Filho para todos nós, sejamos católicos, protestantes ou judeus.. O Espírito veio até para os ateus.

E Neste Natal, de Jesus de Nazaré, independente do seu ponto de vista sobre religião e sobre Deus, este blogueiro deseja a todos:

UM FELIZ NATAL !!!




domingo, 18 de dezembro de 2011

Vida e Luz

Ohh vida minha. Quantas vezes sou um peso pra ti. Oh vida minha quantas vezes és um bálsamo para esta pobre alma velha que insiste em percorrer os caminhos que tu me das neste mundão sem porteira de meu Deus.
O que podemos esperar da vida sempre é e será uma grande pergunta. Queremos tudo, pois achamos que devemos ter tudo. Muitas vezes achamos que devemos ser também.
Neste caminho encontramos pessoas, situações, fatos e atos, bons e ruins. 


A vida, nos proporciona muitas coisas, nos dá diversos caminhos e nos contratos sociais que assinamos ao viver, temos de escolher entre os quais percorrer. Ela, nos dá caminhos fáceis que inúmeras vezes possuem curvas esburacadas e sombrias. Igualmente temos estradas que nos conduzem a vales lindos de vida e verde.


Mas num repente, muitas vezes, mais pela dor do que pelo amor, descobrimos que no fim desta estrada existe uma luz. E apenas esta luz está conosco no sempre, nem no pretérito e nem no futuro, mas no sempre. Realmente, tudo passa: as pessoas, os lugares, os sentimentos, mas somente Tu Senhor permanece. Permanece nos lindos vales, mas também nas estradas sombrias..


E nestas estradas Senhor, onde nunca falamos de Ti, neste silêncio mortal, Tu gritas. No silêncio Deus grita.. Ruge como um leão sedento. Sedento não de fome ou sangue, mas ruge para nos acordar. Na dor, displicentes humanos que somos olhamos para esta Luz. E cegos que somos por natureza, enxergamos que apenas Tu permanece.


Antigo mas tão novo, antiquado mas tão moderno. Luz bela, luz que ascende nossas vidas, neste vale de morte e podridão que tantas vezes vivemos.
Beleza sem fim a tua, que nós não percebemos, justamente nós humanos que caçamos a beleza como a mais primordial das coisas. Seria engraçado se não fosse irônico. Tão tarde te amei ó beleza infinita, imutável.


A vida que segue, só é vida quando estamos perto do pastor. Ovelhas negras e tristes que pastam à toa, sem sentido, sem norte...
Nesta vida, a única vida que permanece é a tua. E como não vemos esta luz, o Senhor, paciente e bondoso, nos fez ver-se humano. Pobre, perseguido, humilde. Assim nasceu o Rei. Sem cetro, coroa ou trono. Sem ouro, pompa, circunstância ou corte. Rei de todos, rei nosso. Somos sim teus súditos, teu exército, teus operários nesta messe infinita, tuas ovelhas. 


Nos deu a sua vida, em Cruz, corpo, sangue alma e divindade. Luz infinita és tu verdadeiro Rei, certos de que tu é a luz eterna, a chama que jamais se apaga.


Porque somente Tu permanece sempre.



sábado, 22 de outubro de 2011

Crônicas Imperfeitas - Coisas Simples

As crônicas Imperfeitas agora são também o nome do blog, então vamos lá para mais groselhas:

O que é simples para você? Geralmente altos graduados em RH nos questionam isto naquelas débeis, inúteis e chatas dinâmicas de grupo. Usualmente não sei responder. Talvez porque a faculdade não tenha me ensinado isto. Vi economia, administração, marketing, etc, etc e tal, mas não me recordo das aulas de simplicidade. 
Agora, numa tentativa nada acadêmica, porque de academia eu fujo como o Romário fugia dos treinos de futebol, vou tentar simplificar tudo e falar da simplicidade que tanto tem feito falta nas prateleiras deste mercado chamado vida moderna, ou como diriam lá no interior - modernosa.

Simples é pão na chapa com pingado em copo americano. Simples é arroz, feijão, bife (mal passado) e batata frita - minha mãe ainda incluiria nesta simplicidade uma "saladinha". Mas estas eu não como. Não sou coelho. Simples é cheiro de chuva, essa é boa. Percebeu que nas coisas simples a chuva até tem cheiro? Mais simples que o cheirinho de terra molhada é tomar banho de chuva. Simples é fazer o que se gosta por mais brega ou cafona que isto pareça. Ou vai me dizer que você jogou fora a coleção de figurinhas só porque cresceu? Sério? Hummm.. Então você vai dizer também que nunca mais se pegou brincando de carrinho nem que fosse com o celular? 

Bom, criança simples vira adulto simples e viver a vida com uma visão simplificada é tão mais prático. Max Weber, George W. Bush e João Dória Jr. que me desculpem, mas o simples é mais feliz. Sabe aquele papo de estilista que diz que "o cinza é o novo bege"? Então, se eles entendessem de simplicidade diriam que o simples é o novo simples.

Mas como podemos cobrar destes senhores simplicidade? Hoje em dia o cidadão acorda, cedo pra burro diga-se, e já está atrasado. O rádio relógio já é peça de museu, ai você escuta "meu celular não despertou" - não sabia que ele também dormia, sempre respondo isto. Já acordado o cabra pega um trânsito dos diabos para chegar no trabalho. Se estiver chovendo então esquece, as básicas duas horas para ir para o escritório viram três e meia, com direito a um quase infarto. Mas para que se preocupar. Este mesmo sujeito tem dois celulares (um blackberry e um Iphone) e claro que não poderia faltar o rádio Nextel. Tem notebook e aquele pinguelinho de banda larga 3G para uso móvel. O escritório está no carro para que se preocupar né não? Ué, se estava no carro também estava na casa então para que sair dela para ir para o próprio escritório. Ahh sim claro, estes senhores não são simples...
O simples é prático, vê o mundo com olhos de criança que se lambuza comendo resto de massa de bolo que fica no pote e não como um adulto fissurado por emagrecer que vive devorando barras de cereal.


Conheço pessoas que vivem relacionamentos simples que duram uma vida inteira. Um dos problemas do "simples" é justamente isto. Ele existe para projetos de longo prazo, mas com tantas correrias nossas do dia-a-dia o prático substitui a simplicidade. E este prático tem um quê de globalização e agilidade muito fortes para serem simplificados por nós.
Dizem que Deus é simples. Tenho uma idéia muito peculiar sobre esta simplicidade. Deus às vezes me parece uma criança brincando com o baldinho de areia numa praia deserta num por-do-sol. O baldinho é o mundo,  a vida. A areia em seus infinitos grãos, somos nós. O fim do dia é o tempo simples e eterno do Divino, do celestial. Qualquer coisa além passa a ser complicado. Simples assim.















quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Crônicas Imperfeitas - Gênios nossos


A gente cresce ouvindo que temos que ser o melhor no que fazemos. Temos sempre que dar o melhor de nós em tudo o que nos acontece, no relacionamento, na família, com os amigos, na faculdade, no trabalho. Muitas e muitas vezes isso é trabalhoso, desgastante como atravessar um caminho feito com brasas. Outras vezes, ser o melhor no que fazemos é tão fácil quanto amarrar o cadarço do tênis. Para estes, nós damos o nome de gênios.

Antigamente a inteligência das pessoas era medida pelo famoso Q.I. mas o tempo passa, o mundo gira. Hoje QI tá mais pra “quem indica” do que para uma forma de medir nossa capacidade intelectual. Diz, a psicologia moderna, que existem vários tipos de inteligência: a musical, a emocional e por aí vai. Gosto da inteligência gastronômica. Saber cozinhar é um dom. E de dom todos os gênios tem bastante. E de gênios, não vou me atrever a definir quem são, pois os temos aos poucos. E estes poucos estão nos deixando.
Gênio que é gênio foge aquela regra básica de que “ninguém é insubstituível”. Não é uma ova. Onde está o novo Mozart? Onde está o novo Dostoievski? Onde está a nova Tarsila? Onde está o novo Senna? Onde senhoras e senhores, meninas e meninos, está o novo Steve Jobs?

Os gênios estão se indo..

Mas, os gênios não necessariamente precisam ser famosos, pessoas históricas. Os gênios nossos de todo dia, são em sua maioria anônimos neste mundão grande de meu Deus sem porteira e sem fronteiras.
Fala pra mim se pegar aquele atalho sem trânsito não é algo genial – dica do colega de trabalho com quem você mal conversava. Ou então, devorar aquele cachorro quente daquela barraca que tem aquele “tio” que faz aquele lanche com aquele purê? depois de um dia de cão?  Pode ser a mãe, um tio, um amigo do peito. Gênio que é gênio faz coisas simples, ou melhor, faz do caos e das dificuldades coisas simples.. Gênio da raça transforma Pitt Bull em Poodle, simples assim, como pão na chapa.

Dos nossos gênios, bons no que fazem, porque fazem bem e com amor e uma devoção quase palpável, nos sobra o legado. Gênios do bem e gênios do mal têm coisas em comum. 
A genialidade e a necessidade de fazer história. A escolha do caminho que percorrem é onde se diferencia mocinhos dos malvados. Também quando era criança, pintavam o Hitler como um demônio, o Senna como um herói e os nerds como o futuro do planeta. Nisto tudo, não erraram em nada.
Genial é verbo que só gênio conjuga. Da mesma forma que amar é verbo que só os românticos incuráveis podem praticar.
Gênios, gênios, fico com os do bem. É mais a minha cara. Faz bem à alma e servem de inspiração, para nós, que nem cadarço de tênis às vezes, conseguimos amarrar.

domingo, 2 de outubro de 2011

Crônicas Imperfeitas - Os politicamente corretos

Há um certo tempo, venho pensando em escrever de forma mais descontraída, sem apelos jornalísticos, sem falar da bandidagem que se apossou de Brasília, ou falar das tragédias econômicas destes doutores que mau sabem somar dois com dois e levam o país para o caos anunciado da inflação, enfim. Vou dar a este espaço uma série de textos chamados de "Crônicas Imperfeitas"  

Já reparou como o mundo anda chato? Acho que o maior símbolo da chatice atual é a pizza de tomate seco com agrião. Quem em sã consciência pede pizza disto? Pior ainda, quem foi o pizzaiolo light que criou este sabor? Com certeza é alguém casado com uma anoréxica mental que vive de regime. Cansado da patroa reclamar das gorduras que só ela vê criou o raio da pizza de tomate seco com agrião. Pizza, que é pizza tem que ter queijo, catupiri, orégano, presunto e claro molho de tomate.

E olha que ser chato dá um trabalho. O mundo anda tão chato que até nome bonitinho hoje dão para os chatos - são os chamados politicamente corretos. Ahh Faça-me o favor. Politicamente corretos devem ser os que fazem uso disto como profissão, ou seja, os políticos. 

Bons tempos em que podíamos ser normais e não sermos encarados como pessoas desviadas dos bons costumes politicamente corretos. Tomar cerveja até onde se sabe não é crime, mas tomar uns chopps acompanhado de torresmo ou parmesão empanado, para os doutores do politicamente correto é praticamente um duplo homicídio triplamente qualificado. Triplamente porque juntamente com o chopp e o torresmo sempre tem uma cachacinha pra encerrar a fatura.

Antigamente, corinthiano ia ao estádio junto com o primo palmeirense. Isso lá nos idos de 1900 e todos, hoje não se pode nem vestir a camisa do clube do coração dependendo para onde se vai. Aliás, hoje em dia usa-se mais camisas de times europeus do que brasucas. Nosso craques, em sua maioria jogam por lá. Futebol, neste mundo chato, é mais negócio do que esporte e não dá pra competir com salário em Euro. Estão errados?? Não. Nós é que ficamos pra trás nesta corrida. Chatos que somos, não percebemos que o eterno celeiro de craques mudou para polo exportador. Aí chato é ver os joguinhos do brasileiro todos nivelados por baixo. 

Nestas idas e vindas dos chatos, podemos usar como termômetro os relacionamentos. Hoje em dia estão dando peso para quem fica. Façam-me outro favor. Ficar é só ficar. Tem gente que fica, termina e dá peso a isto como se tivesse vivido um relacionamento de quinze anos e dois filhos. Chatos, chatos. Ser adepto do beijar por beijar é uma opinião que cada um carrega. Particularmente não sou a favor (olha eu sendo chato), mas não se pode hoje dar peso de bicicleta para um ônibus.
Um outro ponto importante neste mundo particularmente chato e politicamente mané é a opinião alheia. Vivemos num mundo onde opinião virou ofensa, não se pode falar mais nada sobre nada, tudo o que se fala e é contrário as convenções sociais dos bons modos é tido como crime.
Um grande exemplo disto, embora um exemplo até um pouco antigo é uns dos últimos livros escritos pelo mestre Wood Allen. O título original é "Mera Anarquia", no Brasil ele foi lançado como "Fora de Órbita" que é o título de uma das crônicas. Qual o medo de uma simples anarquia? De um simples livro?


Quando eu era criança e isto não tem muito tempo, lembro-me que o mundo era menos "burrocrático". Não por ser criança, mas por que os adultos também eram mais simples. Era sim, sim, não, não, pão, pão, queijo, queijo. Hoje em dia, pão com queijo? Só se for pão integral com queijo light - pacas pacas... Até queijo light inventaram. Alguém já comeu aquilo? Tem gosto de isopor com ajinomoto. Hoje os adultos, adeptos desta cultura do não coma nada porque tudo faz mal, não sabem decidir se usam camiseta ou camisa polo listrada para simplesmente dar uma saída. Chatos que são, não podem nunca estar fora da moda. Só que de moda mesmo, eles entendem é nada. 
Aliás, quando criança podia brincar na rua, na terra. Hoje em dia praticamente as crianças, todas elas quase, são mini-adultos. Aula de inglês, francês, piano, karatê, judô, yoga... Parem tudo.. Parem tudo.... São apenas crianças... nada além disto, nada mais do que isto.. nada do que nós já não fomos...  Sabe o que estas crianças ganharão quando chegarem à vida adulta? Diplomas de chatos.


A impressão que se dá é que estes senhores, donos da razão do politicamente correto, criaram uma bolha fascista e ditatorial - não são os nerds que dominaram o mundo, foram os babacas mesmo.
Acho que depois disso tudo, me resta pedir uma pizza quatro queijos, de sobremesa uma bomba de chocolate e para abrir o apetite uma boa dose de Red Label (três dedos e duas pedras de gelo).





quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Pátria Samba


Bezerra da Silva era um malandro carioca. Bezerra, o malandro, cantou “se gritar pega ladrão não fica um, meu irmão”. Este malandro era um boa praça, gente fina, alguém que era dado com as pessoas e muito bem dado se fossem mulheres. Este malandro é do bem, faz parte do folclore. Artigo antigo e hoje de luxo na boemia brasileira.

Hoje, se Bezerra cantasse “se gritar pega ladrão”, o final da letra talvez fosse “não esquenta não, é só pedir demissão” e ninguém, mas ninguém mesmo precisaria correr, nem que fosse atrás de advogado. A malandragem que nos rodeia, de nada tem de alegre como tem as rodas de samba. Tem é de deprimente e de deprimente já basta a bossa nova.
Fato é. A malandragem deixou as noites e foi parar no planalto. Lá, com expediente de terça a quinta as rodas de samba, são rodas de negociatas e acordos nada claros.
Dilma tenta se fazer de santa neste inferno. Mas o inferno faz parte de Dilma. Que a presidente, sim cargo no masculino, tem merecido elogios em determinados atos, como na política externa e na tentativa de erradicar a miséria, também tem merecido vaias por se sujeitar ao que o PT e o PMDB impõem em Brasília. Em uma democracia plena, o banco central deve ser autônomo, sim, da mesma forma deve ser o Palácio do Planalto.
                                                                                                                            
Neste samba, com melodia comprada pela corrupção a faxina que estão fazendo, é pra bom sambista ver. Não existe realmente uma faxina (palavrinha fascista diga-se) nos ministérios Dilmistas. O que existe é apenas a troca de uma peça quebrada por uma enguiçada.
Dilma sabia de tudo isto quando assumiu? Talvez, sim. Talvez não. Mais provável a primeira opção. Ela, cria de Brizola, tem enraizado na sua formação política os ideais esquerdistas, mesmo tendo uma formação capitalista em sua família e estes ideais podem ter sido podados da mesma ao subir a rampa do planalto ao lado de Temer. Mas ideal, por ideal, ela ao menos tinha um. Este samba petista tem uma nota só: destruir a democracia e instaurar o plano de socialismo de Stalin e Fidel. José Dirceu está aí e não nos deixa negar. Está aí porque nunca deixou o governo da estrela vermelha.

Nesta semana, onde se comemora a independência do país dos domínios da coroa portuguesa, vale compor um samba de redemocratização e luta pela ética, num país onde, a cortina de fumaça cada dia mais ofusca o que os poderosos do Centro Oeste tem tocado para o país. A pátria nestes dias do malandro do mal vai dançando miudinho, miudinho um samba feio, fora de ritmo e totalmente atravessado. Melhor pensando, se Bezerra, o malandro folclórico do bem cantasse hoje, talvez ele diria “Acorda Brasil !!”

domingo, 31 de julho de 2011

Extremismo

Tudo em excesso faz mal, até mesmo água. Nestas duas últimas semanas o mundo viu estas peças em cena, sem nada poder fazer para minimizar tais excessos.

Amy Winehouse, a maior voz já produzida em terras britânicas, era linda e talentosa. Após os excessos das drogas, sobrou apenas o talento que está agora imortalizado em "Frank" e "Back to Black". Produziu menos do que a banda Nirvana de Kurt Cobain, será lembrada com a mesma saudade. Kurt, aliás, também é símbolo do extremismo das drogas.
Outro ponto de extremismo destes dias é o extremismo da corrupção, aqui e lá no velho mundo. Aqui, podemos citar a esfera federal que suga mais do que um aspirador de pó todo o dinheiro público na quadrilha que o PT instalou no poder. Lá, em terras estrangeiras, a dona FIFA, tem picos de overdose de roubalheira quando juntos, Sepp Blatter e nosso conhecidíssimo Ricardo Teixeira, se mostram mais imbatíveis que Bonny e Claide.

Drogas e corrupção, marcaram algumas das faces que o extremismo pode nos proporcionar. Mas nada se compara ao que aconteceu em Oslo na pacatíssima e riquíssima Noruega.
Anders Behring Breivik, explodiu o prédio onde funciona o gabinete do primeiro ministro Norueguês utilizando um carro bomba e invadiu um acampamento onde mais de quinhentos jovens do partido trabalhista norueguês estavam reunidos abrindo fogo e matando mais de setenta pessoas. O pior extremismo é o racial. Quando este se junta ao político e ao religioso, temos em cores vivas um tridente diabólico.

Anders, o atirador, diz ter planejado tudo isto para salvar a Europa da cultura Marxsista que está contaminando a comunidade, ódio, político. Anders, se declara cristão, ódio religioso - o marxismo não crê em Deus. Anders é alguém com fisionomia nórdica, ódio racial.
O extremismo criou a eugenia, o maior monstro do século XX, Adolf Hitler espalhou esta idéia por toda Europa enquanto esteve no poder. Pessoas com a cabeça doente de Anders, ainda colocam esta idéia em prática.
O fato só não teve uma repercussão maior ao redor do globo porque os atentados aconteceram em terras nórdicas, mas é fato que desde a segunda guerra mundial a Noruega não se via ligada a tamanha violência.
O Nazismo que era um fascismo que pregava a idéia da "raça pura", foi um câncer sem precedentes na civilização. Até hoje essas idéias são defendidas. E o que torna tudo muito irônico é que tanto Hitler como suas idéias nazistas tinham fundamento no esquerdismo. Anders, defende desta forma as idéias do monstro Adolf, logo todos estão intimamente ligados as idéias de Karl Marx.

Um ponto a ser relevado nestes extremismos é este: Imediatamente aos atentados em Oslo, a imprensa ligou os fatos a "um grupo radical islâmico" com certeza caíram da cadeira ao descobrir que tal fato estava ligado a apenas uma pessoa e esta pessoa era Norueguesa. Ligar carros-bomba ao Islã, faz parte desta cultura do medo que tem como pai Goerge W. Bush, um grande fascista americano.
Bush, representa aquela América burra, que tem medo de tudo e de todos - mas que não sabe diferenciar em um mapa, a Alemanha do Zimbábue. Anders, representa aquela Europa burra que é filha das cruzadas cristãs que usavam o nome de Deus para matar. Mas, grosso modo, Anders não é burro - ao contrário, é alguém frio, calculista e muito racional. Tanto que não precisou confrontar a polícia.

Se o extremismo é autoritário, a tolerância é democrática, pois permite a minoria ser tratada com o mesmo peso que a maioria.
E é desta democracia que o mundo está precisando, mas sem excessos, por favor.






sábado, 23 de julho de 2011

A nossa Bastilha

Neste mês de julho a França celebra a sua independência comemorando o dia da "queda da Bastilha". Símbolo máximo da opressão vivida pelo povo nas mãos de Luis XVI, a Bastilha era uma importante prisão que veio abaixo, literalmente pelas mãos do povo.
Era o início da Revolução Francesa. Uma das mais importantes que o mundo presenciou. Para uns ela é fonte de inspiração pelas bandeiras levantadas: "Liberdade, igualdade e fraternidade", para outros a revolução Francesa é a mãe dos movimentos Fascistas.
A destruição da Bastilha, a revolta armada do povo, a união entre clero e povo, a morte do Rei, a tentativa de construir uma Constituição, foram fatos que marcaram os anos desta luta que figuram nas celebrações francesas com muito orgulho.

A Bastilha foi um marco para uma  nova etapa na história da França. Ela foi o primeiro passo que o país deu para adentrar aos processos democráticos que  o transformaram um século depois, em um dos mais ricos e cultos do mundo.
Agora, trazendo todo este cenário para nós a cá em terras tupiniquins devemos verificar. Qual é a  nossa Bastilha ? Qual é o símbolo maior que oprime o verdadeiro crescimento econômico, social e principalmente educacional da nossa nação ? Simples: A nossa Bastilha é a corrupção.

A Corrupção que deriva do DNA lusitano que hoje destrói as bases antes sólidas da economia portuguesa, ganhou espaço e vida própria no Brasil de sempre principalmente com um energético chamado PT.
Esta é a nossa Bastilha que juntamente como a francesa deve vir abaixo não com um banho de sangue mas através dos meios democrático legais  e suas instituições que existem em nossa atual sociedade e que já provaram que funcionam, afinal basta olhar um pouco para trás e lembrar que o que manteve a democracia firme neste país em oito anos de Lulismo foram:  os magistrados, a polícia federal e a imprensa.

Agora com Dilma, podemos contabilizar os escândalos de corrupção na mesma proporção que explodem boeiros na cidade do Rio de Janeiro. Grosso modo, o mandato de Dilma chegará ao fim em tempo recorde - pelo menos sob o ponto de vista moral.
Dilma que sob a ótica deste que vos escreve mereceu aplausos pela linha de conduta na pasta de política externa não teve tantos pudores na interna e então percebeu-se que nesta estrada existem tantos buracos e curvas fechadas que a caravana do PT derrapou mais uma vez.
Falando nisto, eis pois, a maior vergonha da atual gestão. Sob o comando de figuras carimbadas da bandidagem brasileira, Dilma manteve o senhor Alfredo Nascimento no cargo de ministro dos transportes - ele já tinha entregue a alma para Lula, que em conjunto com demais políticos do PR, como o senhor Valdemar da Costa Neto, aquele mesmo do mensalão em 2005, mostraram com quantas propinas se faz um escândalo.
E sabe o que é o pior de tudo ? Não temos hoje um Robespierre, um Camille, um Marat para nos salvar - nomes históricos da revolução que limpou a França da roubalheira imposta pela coroa.

O que nos resta é lutar de forma democrática, ou seja, votando. Contra tudo isto que hoje representa para nós os muros da nossa Bastilha.



quarta-feira, 11 de maio de 2011

A esperança é a fé racionalizada

Deus, não pode ser visto ou mensurado pelos meios físicos que conhecemos. Deus é invisível.
Jesus disse a Tomé, toca nas minhas mãos, toca no meu lado, sou Eu, sou Eu mesmo e Tomé ficou feliz por ver que não era um fantasma ou uma alucinação, por constatar que era realmente Jesus Ressuscitado, ao que Jesus completou: "Você Tomé crê porque viu. Felizes são aqueles que crêem ser ver" Esta frase de Jesus é a base da nossa fé, enquanto ela é algo que não pode de maneira impírica e racional provar a existência de Deus. Jesus disse isto para todos nós que vivemos após a sua vinda terrena. Ele sabia, naturalmente, o que estava por trás disto. 

A fé, inicialmente um sentimento ligado à divindade, transformou-se com o tempo em esperança. E dentre muitos textos bíblicos que nos remetem a este tema tomamos como exemplo o que segue:

"Ainda que a figueira não floresça nem a vinha dê seus frutos, a oliveira não dê mais o seu azeite, nem os campos a comida. Mesmo que faltem as ovelhas nos apriscos e o gado  nos currais, mesmo assim eu me alegro no Senhor, exulto em Deus, meu Salvador" Profeta Habacuc

A fé, tal como a conhecemos e somos convidados por Deus a difundi-lá através da vivência do Evangelho, é o apego a tudo aquilo que nem a ciência e nem o raciocínio humano podem dar respaldo. A esperança de que Deus existe é nada mais do que nossa vontade humana de dar sentido para nossa própria existência na tentativa de encontrarmos Deus e seu sentido.
A esperança, vem como uma lâmpada clarear tudo o que está escuro em nossas vidas, principalmente nos momentos de dificuldade.

O profeta exulta Deus nos momentos de total dificuldade. Quando falta o alimento no campo, significa que também falta o trabalho para este sofredor, ou que o seu trabalho foi totalmente em vão por não ter dado os frutos do alimento que vai à mesa. A falta que o profeta nos cita é propositalmente de itens materiais: comida, animais, azeite e uva das plantações. Esta conotação material é para dar sustento a nossa fé, que sendo uma fé em Deus, se manifesta dentro da nossa condição humana através das coisas materiais - pelo menos a princípio.
As nossas turbulências se dão muitas vezes pela falta que o material nos faz.

Claro que a fé não está depositada em quanto recebemos materialmente de Deus, afinal Deus não é gerente de banco, mas pelas nossas faltas e pecados, temos a tendência de manifestar nossa fé sob o princípio da falta materializada - logo, não somos diferentes do apóstolo Tomé.
O que é muito interessante também é a idéia de que a fé, sob as palavras sagradas do profeta se manifesta não em algo que virá a ocorrer. Ela se manifesta quando tudo de errado está acontecendo a nossa volta. É na falta de tudo que o profeta exulta e se alegra no Senhor. Eu não tenho nada, não sou nada, tudo me falta, mas mesmo assim o Senhor é o meu Salvador - mesmo sabendo que tal dificuldade pode durar por um tempo grande.
E aqui cabe uma reflexão aos católicos. Fazer promessa para Deus, não é ato de fé, é como dito anteriormente, tratar Deus como gerente de banco.

A fé em sua base é saber é ter consciência de que Deus, o invisível age para nosso bem, mesmo nas dificuldades da vida. Alegrar-se no Senhor é ter enraizado no coração esta certeza de dias melhores - tão solicitados por este mundo globalizado.



sábado, 7 de maio de 2011

O contemporâneo e o relativismo

A vida como ela é, contemporânea que só ela, nos trás inúmeros benefícios dos quais somos chamados a tomar posse. A tecnologia talvez seja o grande exemplo dos benefícios dos nossos tempo, bem como as novidades que derivam do campo da saúde, mas da mesma forma que existem inúmeros benefícios no hoje - muitos inclusive inéditos na história humana, existem também os malefícios que os tempos modernos também oferecem.
Vivemos em um tempo precoce, um tempo do "botão google", um tempo onde tudo quando é para ontem já está atrasado, porque hoje em dia tudo tem que ser para antes de ontem. Um tempo onde jovens recém saídos da infância fazem sucesso desde sempre - sem ao menos terem lutado por uma carreira e que é proibido proibir, tudo é permitido, tudo é bonito por esse motivo. Dizer não é ser preconceituoso, é ter a cabeça velha, ser retrógrado. 

Podemos chamar isto de modernização, de efeitos da globalização e do capitalismo que venceu as demais formas econômicas.  O bispo de Roma dá a isto o nome de "ditadura do relativismo" e têm posto em seu pontificado um enorme esforço para combater de frente esta ditadura.

O relativismo é uma corrente ideológica que nivela o bem e o mau, que diz que liberdade e verdade são conhecidas quando vivemos da forma que quisermos, da maneira que bem convir. E dentro deste conceito, temos a pregação desta nivelação com exemplos de que o bem e o mau não existem, ou o mau não existe e o bem é invenção dos homens, de que Jesus Cristo foi um homem comum e que nenhuma verdade é maior do que "a minha verdade".

Aqui podemos utilizar as palavras de Paulo Apóstolo quando ele diz: "Porque virá o tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajustarão mestres para si. Apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas. Tu porém sê prudente em tudo" (II Timóteo 2, 3-5). 
Estas paixões que se refere o apóstolo são justamente os desvios vindos da carne que nos afastam de Deus e sua doutrina. A doutrina de Deus é tudo o que falou e praticou o seu filho Jesus. Esta é a doutrina na qual está inspirada as tradições e as escritas da Igreja Católica. Este tempo que chega tem um tom teológico da batalha de Deus a favor de seus filhos contra nossos pecados - esse tempo é o sempre. 
Mas este tempo também pode ser considerado o hoje em que vivemos - esta sociedade capitalizada que muitas vezes navega pelas correntes do relativismo que por suas bases nos faz crer que tudo é livre e sendo livre tudo é normal.

As tradições religiosas da Igreja Católica, ligadas diretamente à vida de Cristo, que é a cabeça da Igreja (celeste e institucional) nos faz crer que a vida é o maior dom de Deus e que o sendo existem razões científicas baseadas na física e na química de que as relações humanas tem por princípio a continuidade da espécie, afinal nos lembra a sagrada escritura "crescei-vos e multiplicai-vos".

A família é a instituição que mais se deteriora diante do relativismo que é a anti-doutrina da salvação. Apresentar o mau como algo bom é um pecado que toma cada vez mais espaço no nosso dia-a-dia e que este lado do relativismo tem como apoio o ocultismo.
As novidades a que são levados a ouvir estas pessoas são as novidades que o humano força para entender e aplacar na sociedade para destruir a sociedade cristã.

Tomando como exemplo prático um ato do relativismo e do ocultismo tempos a união civil dos homossexuais, os quais teimam em chamar tal ato de casamento.
O casamento é uma dos sacramentos da Igreja, onde um homem e uma mulher, por amor, deixam de ser dois diferentes e passam a ser "uma só carne", que vive sob os regimentos das tradições cristãs. O casamento não é uma cerimonia festiva apenas, é no casamento que nascem as famílias constituídas basicamente por um homem e uma mulher que posteriormente serão pai e mãe. É no casamento, como nos lembra as Bodas de Caná, que Jesus Cristo se manifesta publicamente pela primeira vez e isso tem um peso teológico enorme.
Deus se faz presente nas corretas e sãs uniões entre homens e mulheres e na sua onipresente misericórdia faz destes homens e mulheres unidos a Ele no matrimônio sacramentado por Cristo que em Caná transformou água em vinho e transforma da mesma forma a vida de duas ovelhas que escolheram viver santamente as doutrinas de Deus no sagrado matrimônio.

As pessoas querem ser contemporâneas ? Ora, a maior de todas as contemporaneidades  é Deus, que é o mesmo desde sempre. E contemporâneo aos olhos humanos é continuar a viver nas tradições cristãs que acima de tudo adoram a Deus e que segundamente usam sabia e corretamente as inovações que a razão e a ciência nos proporcionam para proclamarmos as maravilhas de Deus e não para num uso torpe distorcemos as bases de sua criação, afinal como diz o apóstolo devemos ser prudentes em tudo: na fé, no amor, nas bondades e principalmente prudentes ao relativismo que de tanto moderno que quer ser, acaba sob a Graça de Deus sendo o grande e vazio nada.

domingo, 1 de maio de 2011

Não tenha medo

João Paulo II, um dos maiores papas da história. A partir de hoje, dia primeiro de maio - dia do trabalho, este grande pastor e trabalhador da vinha de nosso Senhor poderá ser venerado nas igrejas como Beato.
"Deixa teu barco e me segue. Farei de ti pescador de homens", disse Jesus a Simão Pedro e André seu irmão no seu primeiro encontro que eles tiveram. Pedro e seu irmão largaram tudo imediatamente e seguiram Jesus, conclui este trecho do sagrado Evangelho.
O Espírito de Deus, também chamou o ator, poeta e esportista, mas antes de tudo o homem humano, Karol Wojtyla para ser pescador de homens - ele também disse sim - o resto da história nós conhecemos e uma parte importantíssima desta história do nosso querido João de Deus, foi escrita hoje.


Um Papa que acabou com quatrocentos anos de reinado Italiano sob comando da Santa Sé, que ajudou a combater e destruir o comunismo, que foi o Papa vítima de um atentado que na verdade era a manifestação do terceiro segredo de Fátima.
João Paulo II, foi o papa dos jovens, do diálogo religioso e diplomático. Teólogo brilhante e filósofo humanista, João Paulo II, fez de seu pontificado, um pontificado humanamente amoroso. 


"Não tenha medo" disse o santo Padre ao ser sagrado Papa nos anos 70. E de fato, João Paulo II ensinou-nos que juntamente com a caridade e o amor fraternal, a coragem deve fazer parte de todos os católicos no mundo contemporâneo. 
Um chamado para que abramos nossas vidas para o verdadeiro Evangelho que foi por ele tão bem pregado.


Obrigado jovem Karol, obrigado João de Deus, obrigado agora Beato João Paulo II, Papa.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Virtude e vício

As virtudes humanas são puro reflexo da Graça de Deus para com as pessoas. Nelas, as pessoas se aproximam de Deus praticando tais virtudes onde quer que estejam pois essas virtudes são obras do Espírito Santo de Deus que postas em prática nos ajudam a percorrer o caminho para a santidade, um caminho que tem como começo e fim Jesus de Nazaré, o único meio pelo qual o humano alcança Deus.
Ora, essas virtudes nos foram dadas para serem postas em prática por razões humanas haja vista que a prática das virtudes e das boas ações eliminam o oposto das virtudes, os vícios.

Dos vícios podemos compreender tudo o que praticamos e que vai de encontro ao que nos afasta de Deus. Sob este aspecto os vícios são os pecados. Paulo apóstolo, cita em sua carta aos Gálatas algum destes vícios, que ele denomina “apetites da carne: idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes Gálatas 5, 20-21”, completa. Ações pertinentemente humanas que deslocam os espaços reservados às virtudes para o nada e que dão enfaze para as ações viciadas que originalmente não pertencem ao humano, mas como erva daninha, brotam onde deveria haver uma plantação limpa, para que o Senhor possa fazer brotas seus frutos. Os vícios são os venenos que matam e destróem tais frutos.

As virtudes, são a forma pela qual, Deus nos ensina a praticarmos ações anti-pecaminosas, seja pela caridade, a paciência, a temperança ou a alegria, apenas para citarmos juntamente com Sâo Paulo, virtudes que compoem as Graças do Espírito Santo nas nossas ações.
Devemos também compreender que tais ações devem ser cotidianas e corriqueiras. Cotidianas como também devem ser nossas orações que nos cita a sagrada escritura e o catecismo da Igreja devem ser praticadas sem cessar. Por outro lado, as ações dadas como partida das virtudes devem ser corriqueiras sob o aspecto de que não devem servir para momentos únícos, grandiosos e carregados de elogios e aplausos – a isso não chamamos de virtude, mas do vício da soberba e da hipocresia. A mesma hipocresia que serviu de fermento para o ódio dos Fariseus e Judeus contra Jesus.

É do humano a busca por Deus, com a mesma intensidade que devem ser as virtudes do Espírito para que nestas práticas e ações o encontremos através de Jesus Cristo autor de todas as graças e virtudes humanas. Cristo, inteiramente Deus e inteiramente homem – com exceção única do pecado, demonstrou inúmeras vezes que as virtudes devem ser praticadas intensamente nesta vida para que alcancemos A vida na Jerusalém Celeste onde correm os rios de água viva.
Mas ao meditarmos sobre as virtudes e os vícios no aspecto do homem, lembramos mais uma vez de São Paulo que nos recomenda: “Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. Efésios 6,11” Aqui cabe um atento. O apóstolo cita a palavra ciladas no plural e este plural tem razão de ser. A nossa batalha, nosso bom combate contras os vícios que são as armadilhas diante das virtudes, são inerentemente rotina nossa. Cabe, por tanto a reflexão que o santo apóstolo nos faz. Praticar as virtudes do Espírito Santo, devem ser ações que postas em prática anulam os vícios diários e rotineiros a qual todos os homens estão sujeitos.

 
É da natureza humana a tentação de satisfazer as vontades, humanas que são, o que muitas vezes ocorre em detrimento da nossa criação, da nossa educação e da hossa história de vida. Mas deve-se atentar que as virtudes fruto da graça de Deus,tem apenas o propósito de nos levar até Ele como resultado final. Mas Deus não faz pela metade, faz por completo. Ele, criador do Céu e da terra, ao conceder-nos por pura miserocórdia e amor as virtudes cristãs do Santo Espírito, ao dar entendimento final a sua própria presença, dá durante o percurso a anulação dos vícios, através primeiramente e principalmente da expiação de nossos pecados com a morte, humana, de seu Filho e segundamente através destas boas ações a que todos somos chamados a praticar.

O Apóstolo ao considerar que devemos vestir a armadura de Deus, não está fazendo uma comparação com os guardas e suas vestimentas que viviam naquele tempo, mas está nos alertando com exemplo de seu grande encontro com Deus e Cristo que devemos lutar constantemente contra os vícios para que assim as virtudes do Espírito sobressaim em nossas ações contras nossos pecados e que assim possamos definitivamente estarmos com Cristo, o único caminho que leva à Deus.

Virtudes, são feitas para nós cristãos tornarm-nos Cristãos, vivos, sadios, praticantes da boa fé do Evangelho e em consequencia do bom combate contras as forças do mal, agora intituladas vícios e pecados.

sábado, 23 de abril de 2011

Cristo Vive, Cristo Reina, Cristo Impera


"Minha alma espera pelo Senhor, mais ansiosa do que os vigias pela manhã, mais do que os vigias que aguardam a manhã".

Agora, é hora de espera. A espera histórica da vitória da vida sobre a morte. Da Graça Divina de nosso Senhor sobre todos os pecados. Cristo morreu como homem, jamais como Deus. Sendo filho do Altíssimo, desceu até as mais profundas foças do inferno para redimir a todos os pecadores que já jaziam antes de sua gloriosa vinda terrena para dar lugar ao limpo, no que antes havia lixo.

Jesus de Nazaré, que sofreu em agonia por não querer na sua vida humana morrer, foi santo - homem santo ao ceder as suas necessidades e medos, dando lugar para a vontade e os projetos do Pai. 
Também nós, queremos afastar o cálice que Deus nos oferece. E, oferecer não é impor. O sim, de Cristo, o sim de Maria sua santíssima mãe, o sim de Abraão ao pedido de Deus para entregar seu filho em sacrifício à Deus, foram todos sim ao pedido Divino. Foram sim, não apenas aos sacrifícios que fazem parte da vida em Deus, mas sim para as bênçãos que estas respostas positivas tiveram na história humana.

A espera do Senhor e no Senhor, vem em nossos dias contradizer as vontades humanas, de um modo muito particular considerando que vivemos na "era do botão google". A globalização e a internet reduziram as fronteiras anteriormente conhecidas pelo homem. A internet fonte quase inesgotável de conhecimento, nos fornece as respostas de forma extremamente rápida. E aqui cabe a reflexão: Para tais respostas rápidas, estamos fazendo as perguntas corretas ?
Hoje, não esperamos mais. Temos tudo pronto. Menos, quando falamos das coisas do Senhor, das coisas que vem do Alto, como nos diz o apóstolo Paulo. O tempo de Deus, nunca foi nosso tempo humano, nosso tempo medido em horas. A espera no Senhor Jesus reflete  nossa necessidade de estarmos com o Senhor. 

Sabemos hoje que Cristo venceu a morte, os pecados e o demônio, e adoramos a Cruz exatamente por isso. Não a cruz enquanto duas ripas de madeiras ligadas uma a outra, mas a cruz como árvore da vida, aquele lenho maldito, que tornou-se bendito pelo sangue do cordeiro santo imolado pelos nossos pecados.
O pântano de podridão e lama no qual a humanidade vivia, foi lavado pelo sangue de Cristo, o cordeiro de Deus que com sua lã alva, não se sujou com nossas podridões, mas tornou-nos filhos teus.

Esperamos confiantes no Senhor, o rei dos exércitos, nosso rei e verdadeiro Deus, pois Cristo vive no lugar da morte, Cristo Reina sobre toda a Graça, destruindo assim o pecado e Cristo impera sobre o mau e as trevas.

Uma Páscoa santa, abençoada e cheia de vida nova.

sábado, 2 de abril de 2011

A Racionalização da corrupção.

A política brasileira é tão ultrapassada quanto o trem maria-fumaça. E isso se deve a vários fatores, sendo o maior deles cultural. Basta analisar a história para sabermos que enquanto os portugueses estavam tornando oficial a descoberta do Brasil os Europeus já estavam em seus formados reinos discutindo a reforma protestante, ou seja, há mais de quinhentos anos existe uma diferença cultural e consequentemente ética entre Europeus e Brasileiros.
Logo, não é de se espantar que em plena segunda década do século XXI, os brasileiros fiquem discutindo se pessoas de conotação pública e caráter judicialmente comprovado podre possam ou não se candidatarem aos cargos do legislativo e do executivo, sendo que para efeito balisador temos como exemplo o ministro de relações exteriores da Alemanha que fora afastado do cargo por uma acusação de plágio em sua tese de doutorado - imaginem se a acusação fosse de corrupção ?


A proposta da lei da ficha limpa reflete o estado de cegueira que a justiça brasileira vive - e não estamos falando da cegueira poética, da imagem da mulher com venda nos olhos e balança nas mãos, pois ao barrar nas eleições candidatos que já foram condenados por um tribunal, é tão óbvio que muitos se perguntam porque não tiveram essa "brilhante" idéia antes. 
E agora que o país dá um passo à frente para melhorar a qualidade de seus candidatos, a lei da filha limpa se mostra em desuso. Candidatos que foram barrados nas eleições de 2010, poderão assumir suas cadeiras tranquilamente, pois a suprema corte brasileira votou contra o uso de uma lei que o Legislativo criou, logo todo o esforço gasto para proibir que pessoas de péssima índole continuassem a governar foi pelo esgoto abaixo.


Simplesmente porque sob o entendimento dos ministros do supremo, a lei só poderá valer para casos que ocorram depois de um ano de vida da lei. Tudo bem. Mas e a condenação a qual foram submetidos esses candidatos ? Não tem valor nem peso para determinar se tais pessoas podem ou não se candidatar ?
E aqui, cabe um erro gravíssimo por parte da Justiça brasileira (civil e eleitoral) e por parte dos partidos políticos. Como pode um partido chamar-se de instituição séria se leva em seu staff senadores, deputados, governadores e etc que estão mais enrolados do que arame farpado em dia de reforma no celeiro ?


Fato é. Temos mais petróleo que os Europeus, temos os melhores jogadores de futebol, mas de longe não temos a melhor forma de se fazer política - não estamos falando de democracia ou comunismo ou qualquer outro ismo. A forma está correta, o que nos atrapalha é o conteúdo. No mundo judicialmente civilizado, pessoas de poder público eleitas quando cometem crimes, caem assim como cai uma fruta podre da árvore.
Aqui, em terras de ninguém o que se vê é a racionalização da corrupção - ela sai do empírico (conhecimento comum executado de forma diferente por todos) e torna-se um método científico aceito e aprovado pelo judiciário e juntamente com ela vem a sua prima chamada impunidade.


Duas faces da política brasileira que pode tentar ter a ficha limpa, Já a cara.





quinta-feira, 24 de março de 2011

Cai um corrupto


E agora José ?
Não é apenas no norte da África que pessoas de caráter duvidoso que estão no poder estão sendo depostas. Na Europa, Sócrates o corrupto não o filósofo demitiu-se do cargo ontem.
O agora ex-primeiro ministro lusitano caiu quando uma das suas fracassadas tentativas de levar a cabo um pacote para aliviar a austeridade fiscal que aumentaria impostos do país, que para variar se encontra em maus lençóis, fora rejeitado pela oposição que no Legislativo é a maioria. Em um governo marcado explicitamente pela corrupção, José Sócrates – socialista de carteirinha, afundou a constituição portuguesa num mar de lama sem precedentes na história.
A saber que a corrupção em Portugal é tão antiga quanto as fases da lua não é notícia nenhuma. Lá o mais lerdo não anda, voa – que dirá o mais esperto. Agora, o que marca a péssima gestão de José Sócrates é a impunidade. O premier dançou fado com a política e com a economia e fez desse fado uma troca de vogais.

Na política externa, José Sócrates teve picos napoleônicos ao tentar implantar na África e no Brasil sua neo-colonização via meios de comunicação como jornais, TVs e na web. Aqui nasceu o periódico “Brasil Econômico” e vale lembrar que no lançamento deste, Lula mencionou que a democracia se faz num país onde a imprensa existe – vindo de quem veio parece até piada de português.
É valido também lembrar que José Sócrates, José Dirceu e Lula, criaram um remake dos três patetas, pois os acordos entre “os PTs” (Partido dos Trabalhadores e Portugal Telecom) visavam destruir a democracia lá e cá e claro fazê-los perpétuos em seus cargos. Lá e cá, o tiro saiu pela culatra.
Aqui, Dilma dá claros sinais de que veio para governar e não para esquentar a cátedra de Lula e lá, a oposição fez seu papel até minar todas as forças políticas de Sócrates que não teve alternativa a não ser botar a viola no saco e sair de fininho.

Essa demonstração democrática de queda de poder mostra que a guerra não é a única possibilidade para se fazer transições de poder. O que tem ocorrido no oriente médio e no norte da África são exceções dentro da regra máxima da democracia onde a liberdade só tem utilidade e valor quando o poder passa de mãos em mãos e não permanece apenas num único partido ou pior nas mãos de apenas uma pessoa.
Lisboa não dispõem de uma milícia celeste no lugar de seus congressistas, mas, o fato de Sócrates deixar o poder pode em meio ao atual caos permitir que o presidente do Congresso, Cavaco dê novos rumos para a nau portuguesa, pois assim como na obra de Eliseu Visconti onde a Providência guiou Cabral até as terras de Vera Cruz que as terras lusitanas possam ver boas terras a vista neste mar de lama, corrupção e crise econômica.

Ora Pois.