quinta-feira, 24 de março de 2011

Cai um corrupto


E agora José ?
Não é apenas no norte da África que pessoas de caráter duvidoso que estão no poder estão sendo depostas. Na Europa, Sócrates o corrupto não o filósofo demitiu-se do cargo ontem.
O agora ex-primeiro ministro lusitano caiu quando uma das suas fracassadas tentativas de levar a cabo um pacote para aliviar a austeridade fiscal que aumentaria impostos do país, que para variar se encontra em maus lençóis, fora rejeitado pela oposição que no Legislativo é a maioria. Em um governo marcado explicitamente pela corrupção, José Sócrates – socialista de carteirinha, afundou a constituição portuguesa num mar de lama sem precedentes na história.
A saber que a corrupção em Portugal é tão antiga quanto as fases da lua não é notícia nenhuma. Lá o mais lerdo não anda, voa – que dirá o mais esperto. Agora, o que marca a péssima gestão de José Sócrates é a impunidade. O premier dançou fado com a política e com a economia e fez desse fado uma troca de vogais.

Na política externa, José Sócrates teve picos napoleônicos ao tentar implantar na África e no Brasil sua neo-colonização via meios de comunicação como jornais, TVs e na web. Aqui nasceu o periódico “Brasil Econômico” e vale lembrar que no lançamento deste, Lula mencionou que a democracia se faz num país onde a imprensa existe – vindo de quem veio parece até piada de português.
É valido também lembrar que José Sócrates, José Dirceu e Lula, criaram um remake dos três patetas, pois os acordos entre “os PTs” (Partido dos Trabalhadores e Portugal Telecom) visavam destruir a democracia lá e cá e claro fazê-los perpétuos em seus cargos. Lá e cá, o tiro saiu pela culatra.
Aqui, Dilma dá claros sinais de que veio para governar e não para esquentar a cátedra de Lula e lá, a oposição fez seu papel até minar todas as forças políticas de Sócrates que não teve alternativa a não ser botar a viola no saco e sair de fininho.

Essa demonstração democrática de queda de poder mostra que a guerra não é a única possibilidade para se fazer transições de poder. O que tem ocorrido no oriente médio e no norte da África são exceções dentro da regra máxima da democracia onde a liberdade só tem utilidade e valor quando o poder passa de mãos em mãos e não permanece apenas num único partido ou pior nas mãos de apenas uma pessoa.
Lisboa não dispõem de uma milícia celeste no lugar de seus congressistas, mas, o fato de Sócrates deixar o poder pode em meio ao atual caos permitir que o presidente do Congresso, Cavaco dê novos rumos para a nau portuguesa, pois assim como na obra de Eliseu Visconti onde a Providência guiou Cabral até as terras de Vera Cruz que as terras lusitanas possam ver boas terras a vista neste mar de lama, corrupção e crise econômica.

Ora Pois.

Nenhum comentário:

Postar um comentário