quarta-feira, 23 de março de 2011

Barack Brazuca

Barack Obama finalmente veio ao Brasil. Barack Obama discursou assim como fez no Egito e na Alemanha. Discurso que para muitos não foi tão histórico quanto o feito no Cairo, mas sim Obama falou e falou para a posteridade.
A visita do maior chefe de Estado sempre causa repercussão. Seja pelas gafes que ora aparecem ou pelos acertos. No caso de Obama foram todos pelos acertos. Obama em sua visita deixou muito claro como serão as relações com o Brasil. Negócios, oportunidades, ganhos e negócios, novamente para deixar tudo claro.
Não era de se esperar por menos, afinal estamos falando do presidente da maior potência mundial - mesmo os esquerdistas torcendo para que a China ocupe tal posto e justamente para que isso não ocorra, Washington fará das tripas coração para recuperar o terreno perdido - em grande parte pelas alianças feitas no governo brasileiro que se encerrou em dezembro de 2010. Lula, foi em grande medida partidário da exclusão comercial que o país sempre teve com os americanos, logo não é de se estranhar que Obama tenha esperado o príncipe da diplomacia, Lula, deixar a cadeira de homem mais poderoso do país - alguns já dizem que esse cargo seja de Eike Batista para dar o ar da graça.

Para Barack Obama, Lula não "é o cara" como muitos erroneamente traduziram a frase de Obama - "That`s my boy".
Obama, em seus encontros com nossa presidente Dilma e com os empresários escolhidos a dedo para ouvi-lo e também serem ouvidos conseguiu atingir praticamente todos os seus objetivos de forma prática e sem ruídos. Vender infra-estrutura e segurança para que o nosso país possa realizar tanto a Copa do Mundo em 2014 como as Olimpíadas em 2016. Bom para eles, melhor para nós.
Os principais pontos da visita de Obama ao Brasil sob a ótica de Brasília eram duas: pleitear a vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU e a liberação de visto para entrada de cidadãos brasileiros nos EUA.
Nem uma, nem outra. Obama não cedeu nestes dois pontos, mas firmou outros quinze acordos, que somente não foram valorizados pela imprensa. Dilma saiu satisfeita com o que conseguiu.
E nesse pacote de acordos está um que se destaca pela importância. A abertura das universidades Americanas em vagas custeadas pelo governo brasileiro para que nossos estudantes de mestrado e doutorado possam se aprimorar nas grandes universidades.
Ponto para Dilma. Ponto para Obama.

Sobre o discurso de Obama para o povo brasileiro, deve-se primeiramente entender que não havia condições de Obama falar em local público - a cinelândia. Falar no teatro municipal foi o melhor dos mundos.
Sem as exigências da diplomacia e dos protocolos que envolvem os discursos políticos, Obama fez um discurso humano, ressaltando que os dois países lá no passado tiveram histórias parecidas: escravidão, independência de suas colônias européias e deixou claro o quanto a corrupção mudou a história brasileira.
Obama também enfatizou esse novo momento de relações com o Brasil e de como ambos podem se beneficiar disto - para desgosto dos esquerdistas de plantão. Como velhos amigos que por algum motivo se distanciam mas depois voltam a se falar, o presidente americano manifestou que ainda existem e que continuarão existindo diferenças entre os países - tanto na esfera comercial quanto política, mas que um novo caminho se abre para que estas diferenças diminuam.

Ao que pode-se ver não é apenas o Cristo Redentor que Obama visitou com a família à noite que está de braços abertos. A Estátua da Liberdade agora passa a nos sorrir de forma mais carinhosa.

Enjoy it.

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