quinta-feira, 28 de abril de 2011

Virtude e vício

As virtudes humanas são puro reflexo da Graça de Deus para com as pessoas. Nelas, as pessoas se aproximam de Deus praticando tais virtudes onde quer que estejam pois essas virtudes são obras do Espírito Santo de Deus que postas em prática nos ajudam a percorrer o caminho para a santidade, um caminho que tem como começo e fim Jesus de Nazaré, o único meio pelo qual o humano alcança Deus.
Ora, essas virtudes nos foram dadas para serem postas em prática por razões humanas haja vista que a prática das virtudes e das boas ações eliminam o oposto das virtudes, os vícios.

Dos vícios podemos compreender tudo o que praticamos e que vai de encontro ao que nos afasta de Deus. Sob este aspecto os vícios são os pecados. Paulo apóstolo, cita em sua carta aos Gálatas algum destes vícios, que ele denomina “apetites da carne: idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes Gálatas 5, 20-21”, completa. Ações pertinentemente humanas que deslocam os espaços reservados às virtudes para o nada e que dão enfaze para as ações viciadas que originalmente não pertencem ao humano, mas como erva daninha, brotam onde deveria haver uma plantação limpa, para que o Senhor possa fazer brotas seus frutos. Os vícios são os venenos que matam e destróem tais frutos.

As virtudes, são a forma pela qual, Deus nos ensina a praticarmos ações anti-pecaminosas, seja pela caridade, a paciência, a temperança ou a alegria, apenas para citarmos juntamente com Sâo Paulo, virtudes que compoem as Graças do Espírito Santo nas nossas ações.
Devemos também compreender que tais ações devem ser cotidianas e corriqueiras. Cotidianas como também devem ser nossas orações que nos cita a sagrada escritura e o catecismo da Igreja devem ser praticadas sem cessar. Por outro lado, as ações dadas como partida das virtudes devem ser corriqueiras sob o aspecto de que não devem servir para momentos únícos, grandiosos e carregados de elogios e aplausos – a isso não chamamos de virtude, mas do vício da soberba e da hipocresia. A mesma hipocresia que serviu de fermento para o ódio dos Fariseus e Judeus contra Jesus.

É do humano a busca por Deus, com a mesma intensidade que devem ser as virtudes do Espírito para que nestas práticas e ações o encontremos através de Jesus Cristo autor de todas as graças e virtudes humanas. Cristo, inteiramente Deus e inteiramente homem – com exceção única do pecado, demonstrou inúmeras vezes que as virtudes devem ser praticadas intensamente nesta vida para que alcancemos A vida na Jerusalém Celeste onde correm os rios de água viva.
Mas ao meditarmos sobre as virtudes e os vícios no aspecto do homem, lembramos mais uma vez de São Paulo que nos recomenda: “Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. Efésios 6,11” Aqui cabe um atento. O apóstolo cita a palavra ciladas no plural e este plural tem razão de ser. A nossa batalha, nosso bom combate contras os vícios que são as armadilhas diante das virtudes, são inerentemente rotina nossa. Cabe, por tanto a reflexão que o santo apóstolo nos faz. Praticar as virtudes do Espírito Santo, devem ser ações que postas em prática anulam os vícios diários e rotineiros a qual todos os homens estão sujeitos.

 
É da natureza humana a tentação de satisfazer as vontades, humanas que são, o que muitas vezes ocorre em detrimento da nossa criação, da nossa educação e da hossa história de vida. Mas deve-se atentar que as virtudes fruto da graça de Deus,tem apenas o propósito de nos levar até Ele como resultado final. Mas Deus não faz pela metade, faz por completo. Ele, criador do Céu e da terra, ao conceder-nos por pura miserocórdia e amor as virtudes cristãs do Santo Espírito, ao dar entendimento final a sua própria presença, dá durante o percurso a anulação dos vícios, através primeiramente e principalmente da expiação de nossos pecados com a morte, humana, de seu Filho e segundamente através destas boas ações a que todos somos chamados a praticar.

O Apóstolo ao considerar que devemos vestir a armadura de Deus, não está fazendo uma comparação com os guardas e suas vestimentas que viviam naquele tempo, mas está nos alertando com exemplo de seu grande encontro com Deus e Cristo que devemos lutar constantemente contra os vícios para que assim as virtudes do Espírito sobressaim em nossas ações contras nossos pecados e que assim possamos definitivamente estarmos com Cristo, o único caminho que leva à Deus.

Virtudes, são feitas para nós cristãos tornarm-nos Cristãos, vivos, sadios, praticantes da boa fé do Evangelho e em consequencia do bom combate contras as forças do mal, agora intituladas vícios e pecados.

sábado, 23 de abril de 2011

Cristo Vive, Cristo Reina, Cristo Impera


"Minha alma espera pelo Senhor, mais ansiosa do que os vigias pela manhã, mais do que os vigias que aguardam a manhã".

Agora, é hora de espera. A espera histórica da vitória da vida sobre a morte. Da Graça Divina de nosso Senhor sobre todos os pecados. Cristo morreu como homem, jamais como Deus. Sendo filho do Altíssimo, desceu até as mais profundas foças do inferno para redimir a todos os pecadores que já jaziam antes de sua gloriosa vinda terrena para dar lugar ao limpo, no que antes havia lixo.

Jesus de Nazaré, que sofreu em agonia por não querer na sua vida humana morrer, foi santo - homem santo ao ceder as suas necessidades e medos, dando lugar para a vontade e os projetos do Pai. 
Também nós, queremos afastar o cálice que Deus nos oferece. E, oferecer não é impor. O sim, de Cristo, o sim de Maria sua santíssima mãe, o sim de Abraão ao pedido de Deus para entregar seu filho em sacrifício à Deus, foram todos sim ao pedido Divino. Foram sim, não apenas aos sacrifícios que fazem parte da vida em Deus, mas sim para as bênçãos que estas respostas positivas tiveram na história humana.

A espera do Senhor e no Senhor, vem em nossos dias contradizer as vontades humanas, de um modo muito particular considerando que vivemos na "era do botão google". A globalização e a internet reduziram as fronteiras anteriormente conhecidas pelo homem. A internet fonte quase inesgotável de conhecimento, nos fornece as respostas de forma extremamente rápida. E aqui cabe a reflexão: Para tais respostas rápidas, estamos fazendo as perguntas corretas ?
Hoje, não esperamos mais. Temos tudo pronto. Menos, quando falamos das coisas do Senhor, das coisas que vem do Alto, como nos diz o apóstolo Paulo. O tempo de Deus, nunca foi nosso tempo humano, nosso tempo medido em horas. A espera no Senhor Jesus reflete  nossa necessidade de estarmos com o Senhor. 

Sabemos hoje que Cristo venceu a morte, os pecados e o demônio, e adoramos a Cruz exatamente por isso. Não a cruz enquanto duas ripas de madeiras ligadas uma a outra, mas a cruz como árvore da vida, aquele lenho maldito, que tornou-se bendito pelo sangue do cordeiro santo imolado pelos nossos pecados.
O pântano de podridão e lama no qual a humanidade vivia, foi lavado pelo sangue de Cristo, o cordeiro de Deus que com sua lã alva, não se sujou com nossas podridões, mas tornou-nos filhos teus.

Esperamos confiantes no Senhor, o rei dos exércitos, nosso rei e verdadeiro Deus, pois Cristo vive no lugar da morte, Cristo Reina sobre toda a Graça, destruindo assim o pecado e Cristo impera sobre o mau e as trevas.

Uma Páscoa santa, abençoada e cheia de vida nova.

sábado, 2 de abril de 2011

A Racionalização da corrupção.

A política brasileira é tão ultrapassada quanto o trem maria-fumaça. E isso se deve a vários fatores, sendo o maior deles cultural. Basta analisar a história para sabermos que enquanto os portugueses estavam tornando oficial a descoberta do Brasil os Europeus já estavam em seus formados reinos discutindo a reforma protestante, ou seja, há mais de quinhentos anos existe uma diferença cultural e consequentemente ética entre Europeus e Brasileiros.
Logo, não é de se espantar que em plena segunda década do século XXI, os brasileiros fiquem discutindo se pessoas de conotação pública e caráter judicialmente comprovado podre possam ou não se candidatarem aos cargos do legislativo e do executivo, sendo que para efeito balisador temos como exemplo o ministro de relações exteriores da Alemanha que fora afastado do cargo por uma acusação de plágio em sua tese de doutorado - imaginem se a acusação fosse de corrupção ?


A proposta da lei da ficha limpa reflete o estado de cegueira que a justiça brasileira vive - e não estamos falando da cegueira poética, da imagem da mulher com venda nos olhos e balança nas mãos, pois ao barrar nas eleições candidatos que já foram condenados por um tribunal, é tão óbvio que muitos se perguntam porque não tiveram essa "brilhante" idéia antes. 
E agora que o país dá um passo à frente para melhorar a qualidade de seus candidatos, a lei da filha limpa se mostra em desuso. Candidatos que foram barrados nas eleições de 2010, poderão assumir suas cadeiras tranquilamente, pois a suprema corte brasileira votou contra o uso de uma lei que o Legislativo criou, logo todo o esforço gasto para proibir que pessoas de péssima índole continuassem a governar foi pelo esgoto abaixo.


Simplesmente porque sob o entendimento dos ministros do supremo, a lei só poderá valer para casos que ocorram depois de um ano de vida da lei. Tudo bem. Mas e a condenação a qual foram submetidos esses candidatos ? Não tem valor nem peso para determinar se tais pessoas podem ou não se candidatar ?
E aqui, cabe um erro gravíssimo por parte da Justiça brasileira (civil e eleitoral) e por parte dos partidos políticos. Como pode um partido chamar-se de instituição séria se leva em seu staff senadores, deputados, governadores e etc que estão mais enrolados do que arame farpado em dia de reforma no celeiro ?


Fato é. Temos mais petróleo que os Europeus, temos os melhores jogadores de futebol, mas de longe não temos a melhor forma de se fazer política - não estamos falando de democracia ou comunismo ou qualquer outro ismo. A forma está correta, o que nos atrapalha é o conteúdo. No mundo judicialmente civilizado, pessoas de poder público eleitas quando cometem crimes, caem assim como cai uma fruta podre da árvore.
Aqui, em terras de ninguém o que se vê é a racionalização da corrupção - ela sai do empírico (conhecimento comum executado de forma diferente por todos) e torna-se um método científico aceito e aprovado pelo judiciário e juntamente com ela vem a sua prima chamada impunidade.


Duas faces da política brasileira que pode tentar ter a ficha limpa, Já a cara.