As virtudes humanas são puro reflexo da Graça de Deus para com as pessoas. Nelas, as pessoas se aproximam de Deus praticando tais virtudes onde quer que estejam pois essas virtudes são obras do Espírito Santo de Deus que postas em prática nos ajudam a percorrer o caminho para a santidade, um caminho que tem como começo e fim Jesus de Nazaré, o único meio pelo qual o humano alcança Deus.
Virtudes, são feitas para nós cristãos tornarm-nos Cristãos, vivos, sadios, praticantes da boa fé do Evangelho e em consequencia do bom combate contras as forças do mal, agora intituladas vícios e pecados.
Ora, essas virtudes nos foram dadas para serem postas em prática por razões humanas haja vista que a prática das virtudes e das boas ações eliminam o oposto das virtudes, os vícios.
Dos vícios podemos compreender tudo o que praticamos e que vai de encontro ao que nos afasta de Deus. Sob este aspecto os vícios são os pecados. Paulo apóstolo, cita em sua carta aos Gálatas algum destes vícios, que ele denomina “apetites da carne: idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes Gálatas 5, 20-21”, completa. Ações pertinentemente humanas que deslocam os espaços reservados às virtudes para o nada e que dão enfaze para as ações viciadas que originalmente não pertencem ao humano, mas como erva daninha, brotam onde deveria haver uma plantação limpa, para que o Senhor possa fazer brotas seus frutos. Os vícios são os venenos que matam e destróem tais frutos.
As virtudes, são a forma pela qual, Deus nos ensina a praticarmos ações anti-pecaminosas, seja pela caridade, a paciência, a temperança ou a alegria, apenas para citarmos juntamente com Sâo Paulo, virtudes que compoem as Graças do Espírito Santo nas nossas ações.
Devemos também compreender que tais ações devem ser cotidianas e corriqueiras. Cotidianas como também devem ser nossas orações que nos cita a sagrada escritura e o catecismo da Igreja devem ser praticadas sem cessar. Por outro lado, as ações dadas como partida das virtudes devem ser corriqueiras sob o aspecto de que não devem servir para momentos únícos, grandiosos e carregados de elogios e aplausos – a isso não chamamos de virtude, mas do vício da soberba e da hipocresia. A mesma hipocresia que serviu de fermento para o ódio dos Fariseus e Judeus contra Jesus.
É do humano a busca por Deus, com a mesma intensidade que devem ser as virtudes do Espírito para que nestas práticas e ações o encontremos através de Jesus Cristo autor de todas as graças e virtudes humanas. Cristo, inteiramente Deus e inteiramente homem – com exceção única do pecado, demonstrou inúmeras vezes que as virtudes devem ser praticadas intensamente nesta vida para que alcancemos A vida na Jerusalém Celeste onde correm os rios de água viva.
Mas ao meditarmos sobre as virtudes e os vícios no aspecto do homem, lembramos mais uma vez de São Paulo que nos recomenda: “Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. Efésios 6,11” Aqui cabe um atento. O apóstolo cita a palavra ciladas no plural e este plural tem razão de ser. A nossa batalha, nosso bom combate contras os vícios que são as armadilhas diante das virtudes, são inerentemente rotina nossa. Cabe, por tanto a reflexão que o santo apóstolo nos faz. Praticar as virtudes do Espírito Santo, devem ser ações que postas em prática anulam os vícios diários e rotineiros a qual todos os homens estão sujeitos.
É da natureza humana a tentação de satisfazer as vontades, humanas que são, o que muitas vezes ocorre em detrimento da nossa criação, da nossa educação e da hossa história de vida. Mas deve-se atentar que as virtudes fruto da graça de Deus,tem apenas o propósito de nos levar até Ele como resultado final. Mas Deus não faz pela metade, faz por completo. Ele, criador do Céu e da terra, ao conceder-nos por pura miserocórdia e amor as virtudes cristãs do Santo Espírito, ao dar entendimento final a sua própria presença, dá durante o percurso a anulação dos vícios, através primeiramente e principalmente da expiação de nossos pecados com a morte, humana, de seu Filho e segundamente através destas boas ações a que todos somos chamados a praticar.
O Apóstolo ao considerar que devemos vestir a armadura de Deus, não está fazendo uma comparação com os guardas e suas vestimentas que viviam naquele tempo, mas está nos alertando com exemplo de seu grande encontro com Deus e Cristo que devemos lutar constantemente contra os vícios para que assim as virtudes do Espírito sobressaim em nossas ações contras nossos pecados e que assim possamos definitivamente estarmos com Cristo, o único caminho que leva à Deus.