quarta-feira, 11 de maio de 2011

A esperança é a fé racionalizada

Deus, não pode ser visto ou mensurado pelos meios físicos que conhecemos. Deus é invisível.
Jesus disse a Tomé, toca nas minhas mãos, toca no meu lado, sou Eu, sou Eu mesmo e Tomé ficou feliz por ver que não era um fantasma ou uma alucinação, por constatar que era realmente Jesus Ressuscitado, ao que Jesus completou: "Você Tomé crê porque viu. Felizes são aqueles que crêem ser ver" Esta frase de Jesus é a base da nossa fé, enquanto ela é algo que não pode de maneira impírica e racional provar a existência de Deus. Jesus disse isto para todos nós que vivemos após a sua vinda terrena. Ele sabia, naturalmente, o que estava por trás disto. 

A fé, inicialmente um sentimento ligado à divindade, transformou-se com o tempo em esperança. E dentre muitos textos bíblicos que nos remetem a este tema tomamos como exemplo o que segue:

"Ainda que a figueira não floresça nem a vinha dê seus frutos, a oliveira não dê mais o seu azeite, nem os campos a comida. Mesmo que faltem as ovelhas nos apriscos e o gado  nos currais, mesmo assim eu me alegro no Senhor, exulto em Deus, meu Salvador" Profeta Habacuc

A fé, tal como a conhecemos e somos convidados por Deus a difundi-lá através da vivência do Evangelho, é o apego a tudo aquilo que nem a ciência e nem o raciocínio humano podem dar respaldo. A esperança de que Deus existe é nada mais do que nossa vontade humana de dar sentido para nossa própria existência na tentativa de encontrarmos Deus e seu sentido.
A esperança, vem como uma lâmpada clarear tudo o que está escuro em nossas vidas, principalmente nos momentos de dificuldade.

O profeta exulta Deus nos momentos de total dificuldade. Quando falta o alimento no campo, significa que também falta o trabalho para este sofredor, ou que o seu trabalho foi totalmente em vão por não ter dado os frutos do alimento que vai à mesa. A falta que o profeta nos cita é propositalmente de itens materiais: comida, animais, azeite e uva das plantações. Esta conotação material é para dar sustento a nossa fé, que sendo uma fé em Deus, se manifesta dentro da nossa condição humana através das coisas materiais - pelo menos a princípio.
As nossas turbulências se dão muitas vezes pela falta que o material nos faz.

Claro que a fé não está depositada em quanto recebemos materialmente de Deus, afinal Deus não é gerente de banco, mas pelas nossas faltas e pecados, temos a tendência de manifestar nossa fé sob o princípio da falta materializada - logo, não somos diferentes do apóstolo Tomé.
O que é muito interessante também é a idéia de que a fé, sob as palavras sagradas do profeta se manifesta não em algo que virá a ocorrer. Ela se manifesta quando tudo de errado está acontecendo a nossa volta. É na falta de tudo que o profeta exulta e se alegra no Senhor. Eu não tenho nada, não sou nada, tudo me falta, mas mesmo assim o Senhor é o meu Salvador - mesmo sabendo que tal dificuldade pode durar por um tempo grande.
E aqui cabe uma reflexão aos católicos. Fazer promessa para Deus, não é ato de fé, é como dito anteriormente, tratar Deus como gerente de banco.

A fé em sua base é saber é ter consciência de que Deus, o invisível age para nosso bem, mesmo nas dificuldades da vida. Alegrar-se no Senhor é ter enraizado no coração esta certeza de dias melhores - tão solicitados por este mundo globalizado.



sábado, 7 de maio de 2011

O contemporâneo e o relativismo

A vida como ela é, contemporânea que só ela, nos trás inúmeros benefícios dos quais somos chamados a tomar posse. A tecnologia talvez seja o grande exemplo dos benefícios dos nossos tempo, bem como as novidades que derivam do campo da saúde, mas da mesma forma que existem inúmeros benefícios no hoje - muitos inclusive inéditos na história humana, existem também os malefícios que os tempos modernos também oferecem.
Vivemos em um tempo precoce, um tempo do "botão google", um tempo onde tudo quando é para ontem já está atrasado, porque hoje em dia tudo tem que ser para antes de ontem. Um tempo onde jovens recém saídos da infância fazem sucesso desde sempre - sem ao menos terem lutado por uma carreira e que é proibido proibir, tudo é permitido, tudo é bonito por esse motivo. Dizer não é ser preconceituoso, é ter a cabeça velha, ser retrógrado. 

Podemos chamar isto de modernização, de efeitos da globalização e do capitalismo que venceu as demais formas econômicas.  O bispo de Roma dá a isto o nome de "ditadura do relativismo" e têm posto em seu pontificado um enorme esforço para combater de frente esta ditadura.

O relativismo é uma corrente ideológica que nivela o bem e o mau, que diz que liberdade e verdade são conhecidas quando vivemos da forma que quisermos, da maneira que bem convir. E dentro deste conceito, temos a pregação desta nivelação com exemplos de que o bem e o mau não existem, ou o mau não existe e o bem é invenção dos homens, de que Jesus Cristo foi um homem comum e que nenhuma verdade é maior do que "a minha verdade".

Aqui podemos utilizar as palavras de Paulo Apóstolo quando ele diz: "Porque virá o tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajustarão mestres para si. Apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas. Tu porém sê prudente em tudo" (II Timóteo 2, 3-5). 
Estas paixões que se refere o apóstolo são justamente os desvios vindos da carne que nos afastam de Deus e sua doutrina. A doutrina de Deus é tudo o que falou e praticou o seu filho Jesus. Esta é a doutrina na qual está inspirada as tradições e as escritas da Igreja Católica. Este tempo que chega tem um tom teológico da batalha de Deus a favor de seus filhos contra nossos pecados - esse tempo é o sempre. 
Mas este tempo também pode ser considerado o hoje em que vivemos - esta sociedade capitalizada que muitas vezes navega pelas correntes do relativismo que por suas bases nos faz crer que tudo é livre e sendo livre tudo é normal.

As tradições religiosas da Igreja Católica, ligadas diretamente à vida de Cristo, que é a cabeça da Igreja (celeste e institucional) nos faz crer que a vida é o maior dom de Deus e que o sendo existem razões científicas baseadas na física e na química de que as relações humanas tem por princípio a continuidade da espécie, afinal nos lembra a sagrada escritura "crescei-vos e multiplicai-vos".

A família é a instituição que mais se deteriora diante do relativismo que é a anti-doutrina da salvação. Apresentar o mau como algo bom é um pecado que toma cada vez mais espaço no nosso dia-a-dia e que este lado do relativismo tem como apoio o ocultismo.
As novidades a que são levados a ouvir estas pessoas são as novidades que o humano força para entender e aplacar na sociedade para destruir a sociedade cristã.

Tomando como exemplo prático um ato do relativismo e do ocultismo tempos a união civil dos homossexuais, os quais teimam em chamar tal ato de casamento.
O casamento é uma dos sacramentos da Igreja, onde um homem e uma mulher, por amor, deixam de ser dois diferentes e passam a ser "uma só carne", que vive sob os regimentos das tradições cristãs. O casamento não é uma cerimonia festiva apenas, é no casamento que nascem as famílias constituídas basicamente por um homem e uma mulher que posteriormente serão pai e mãe. É no casamento, como nos lembra as Bodas de Caná, que Jesus Cristo se manifesta publicamente pela primeira vez e isso tem um peso teológico enorme.
Deus se faz presente nas corretas e sãs uniões entre homens e mulheres e na sua onipresente misericórdia faz destes homens e mulheres unidos a Ele no matrimônio sacramentado por Cristo que em Caná transformou água em vinho e transforma da mesma forma a vida de duas ovelhas que escolheram viver santamente as doutrinas de Deus no sagrado matrimônio.

As pessoas querem ser contemporâneas ? Ora, a maior de todas as contemporaneidades  é Deus, que é o mesmo desde sempre. E contemporâneo aos olhos humanos é continuar a viver nas tradições cristãs que acima de tudo adoram a Deus e que segundamente usam sabia e corretamente as inovações que a razão e a ciência nos proporcionam para proclamarmos as maravilhas de Deus e não para num uso torpe distorcemos as bases de sua criação, afinal como diz o apóstolo devemos ser prudentes em tudo: na fé, no amor, nas bondades e principalmente prudentes ao relativismo que de tanto moderno que quer ser, acaba sob a Graça de Deus sendo o grande e vazio nada.

domingo, 1 de maio de 2011

Não tenha medo

João Paulo II, um dos maiores papas da história. A partir de hoje, dia primeiro de maio - dia do trabalho, este grande pastor e trabalhador da vinha de nosso Senhor poderá ser venerado nas igrejas como Beato.
"Deixa teu barco e me segue. Farei de ti pescador de homens", disse Jesus a Simão Pedro e André seu irmão no seu primeiro encontro que eles tiveram. Pedro e seu irmão largaram tudo imediatamente e seguiram Jesus, conclui este trecho do sagrado Evangelho.
O Espírito de Deus, também chamou o ator, poeta e esportista, mas antes de tudo o homem humano, Karol Wojtyla para ser pescador de homens - ele também disse sim - o resto da história nós conhecemos e uma parte importantíssima desta história do nosso querido João de Deus, foi escrita hoje.


Um Papa que acabou com quatrocentos anos de reinado Italiano sob comando da Santa Sé, que ajudou a combater e destruir o comunismo, que foi o Papa vítima de um atentado que na verdade era a manifestação do terceiro segredo de Fátima.
João Paulo II, foi o papa dos jovens, do diálogo religioso e diplomático. Teólogo brilhante e filósofo humanista, João Paulo II, fez de seu pontificado, um pontificado humanamente amoroso. 


"Não tenha medo" disse o santo Padre ao ser sagrado Papa nos anos 70. E de fato, João Paulo II ensinou-nos que juntamente com a caridade e o amor fraternal, a coragem deve fazer parte de todos os católicos no mundo contemporâneo. 
Um chamado para que abramos nossas vidas para o verdadeiro Evangelho que foi por ele tão bem pregado.


Obrigado jovem Karol, obrigado João de Deus, obrigado agora Beato João Paulo II, Papa.