“35 Quem
nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A
fome? A nudez? O perigo? A espada? 36 Realmente,
está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia inteiro; somos
tratados como gado destinado ao matadouro (Sl 43,23). 37 Mas,
em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos
amou. 38 Pois
estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os
principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, 39 nem
as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer criatura nos poderá apartar do
amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Rm 8, 35-39)
Pelo
amor, temos a Verdade. Não a verdade no sentido de um ponto de vista, mas a
Verdade maiúscula, sábia e sendo propositalmente redundante a verdade
verdadeira.
Paulo
o grande apóstolo, nos questiona. Quem poderá nos separar do amor de Cristo e
após citar algumas possíveis alternativas (ou desculpas), o mesmo Paulo
menciona: “estou persuadido” de que nada poderá afastar o amor de Deus, em
Cristo logicamente, por nós.
Seguidamente ao questionamento que dá transcorrer
ao texto, Paulo nos cita sete formas de uma possível separação do amor de Jesus:
A tribulação: Tudo o que nos ocorre de mal no dia-a-dia, tudo o que nos
perturba com base no pecado, nos afasta de Deus. A tribulação, nos dias de
hoje, pode ser representada pela imensa falta de tempo que todos têm para com
Deus, seja no sentido de participação e demonstração da fé em uma
comunidade/igreja, seja nos meios sociais como a família, os amigos e no
trabalho. A tribulação também pode ser vista como as nossas decepções na vida,
algumas vezes ligadas à Igreja, por meio dos nossos pastores, por exemplo. As
tribulações, grosso modo, são todas as nossas fraquezas na caminhada do
encontro com o Senhor.
A angústia: Talvez nada mais humano dentro do sofrimento do que a
angústia. Ela até tem um pai intelectual: Martin Heidegger, filósofo alemão é
tido como o pai da angústia e por conseqüência, um dos pais do existencialismo,
assim como Dostoievski, romancista russo, autor de Crime e Castigo, obra pela
qual o castigo do crime é a consciência que pesa, é a angustia. Angustiados por
nossos pecados, somos sufocados para a vida que Cristo nos proporciona, para a
vida que nos é ofertada.
A perseguição: O apóstolo Paulo foi causador de perseguição aos cristãos,
quando era Saulo, um influente rabi. Depois do encontro com Cristo, passou para
o outro lado da espada, sendo ele o perseguido. A perseguição, nos remota hoje
as nações não cristãs como Nigéria e China que perseguem com violência a
manifestação da fé em Jesus, é um fator potencial de desapego e barreira do
nosso amor para com Deus.
A fome: Aqui
podemos nos concentrar em dois aspectos: a fome física e a fome no sentido
espiritual. A fome em seu sentido natural ou físico nos faz pensar na grande
diferença social que existe no mundo. Não falo em luta de classes, como
defendia Karl Marx, mas a fome que assola o mundo deriva de grandes transtornos
sociais e econômicos, criando assim uma frieza, uma dureza nos corações, que
indignados com tal realidade culpam unicamente a Deus pelo cenário. Deus, por
sua vez, nos dá o raciocínio na ciência da economia para justamente humanos que
somos termos condições de diminuir esta desigualdade. Outra forma
espantosamente sábia do Senhor demonstrar seu amor nesta situação é quando Ele
age através da Providência.
Já a
fome no sentido espiritual, nesta busca incessante e natural que temos do
encontro com o Senhor, muitas e muitas vezes percorremos caminhos paralelos aos
caminhos do Senhor. Outras vezes percorremos o caminho contrário a Ele.
Novamente aqui podemos citar Paulo apóstolo, como alguém que percorreu esta via
que findou juntamente no seu encontro com o Senhor Jesus, ao passo que Saulo
morreu, tornando-se Paulo.
A nudez: Uma
das grandes frentes de batalha de Paulo em suas cartas é justamente a postura
casta que um cristão deve ter. Paulo menciona a luxúria como um dos mais graves
pecados mortais e combate fortemente alegando que a carne e o espírito são
obras de Deus e, portanto ambos devem ser colocados a seu serviço e de certa
forma a uma vassalagem. O ser vassalo de Deus, não implica numa visão medieval,
mas no sentido de sermos fiéis ao nosso Senhor ao passo que somos livres para
esta escolha. Esta visão sobre a nudez traz á tona também o sentido da
fidelidade no matrimônio, um sacramento que é inúmeras vezes tratado como não
sendo algo santo, quando, por ser sacramento o é.
O perigo e a espada: O perigo da distância. Da distância dos nossos corações junto ao Cristo. Este perigo nos mata, nos afasta e abre caminho para um perigo moderno: o relativismo, o nivelamento oculto do mau como se fosse algo bom, do pecado que se vende como Graça, mas que é podre. A espada é a justiça, não a de Deus, esta infalível, mas a justiça dos homens, ou melhor, a falta dela. Quando os homens criam uma sociedade injusta, seja do ponto jurídico ou social, esta mesma sociedade esqueceu-se e distânciou-se dos ensinamentos de Jesus.
São Paulo questiona o que nos separa de Deus, mas completa dizendo que nós, na graça de Deus, somos mais que vencedores. A caridade de Deus bem como os discursos dos que o seguem livre e santamente tem uma conotação moderna. Somos mais que vencedores é uma frase que caberia não apenas na sociedade cesariana de Paulo, com suas disputas e torneios, mas também nos dias de hoje, haja vista que modernamente falando, esta frase reflete muito o que nossa atual sociedade busca. Esta modernidade no sentido de atualidade da palavra de Paulo e do sentimento de vitória que Deus nos permite vivenciar é vital para combatermos as pseudo-modernidades que são na verdade correntes ideológicas que vão contra o que Deus nos ensina.
Quando alguém está persuadido, significa que está para lá de convencido de algo. Paulo teve uma experiência muito profunda no seu encontro com Jesus Cristo e esta persuasão lhe garante proclamar não apenas que Jesus é o verdadeiro Cristo, filho do Deus vivo, mas que assim o sendo, Deus vivo, Este é autor de todas as criaturas, visíveis e invisíveis e que ambas são inferiores à Graça de Deus, de tal modo que nem mesmo os homens ou os anjos podem nos afastar do Seu amor, que nos é dado através de Jesus Cristo, o cordeiro imaculado que se entregou por nós.
Somos levados a crer e nos é proposto por Deus que por mais dificuldades que possamos vir a ter na vida, independente do tempo em que vivemos, que o amor de Deus é justificado no seu Filho. Não um filho que morreu, mas um Jesus vivo na Eucaristia, o pão vivo que nos afasta de todos estes questionamentos, e nos aproxima intimamente da Santidade, pois diante de Deus, temos as respostas para nossos corações, principalmente quando a pergunta é: Quem poderá nos afastar do amor de Deus? E Ele mesmo em nossos corações responde: Nada.
São Paulo questiona o que nos separa de Deus, mas completa dizendo que nós, na graça de Deus, somos mais que vencedores. A caridade de Deus bem como os discursos dos que o seguem livre e santamente tem uma conotação moderna. Somos mais que vencedores é uma frase que caberia não apenas na sociedade cesariana de Paulo, com suas disputas e torneios, mas também nos dias de hoje, haja vista que modernamente falando, esta frase reflete muito o que nossa atual sociedade busca. Esta modernidade no sentido de atualidade da palavra de Paulo e do sentimento de vitória que Deus nos permite vivenciar é vital para combatermos as pseudo-modernidades que são na verdade correntes ideológicas que vão contra o que Deus nos ensina.
Quando alguém está persuadido, significa que está para lá de convencido de algo. Paulo teve uma experiência muito profunda no seu encontro com Jesus Cristo e esta persuasão lhe garante proclamar não apenas que Jesus é o verdadeiro Cristo, filho do Deus vivo, mas que assim o sendo, Deus vivo, Este é autor de todas as criaturas, visíveis e invisíveis e que ambas são inferiores à Graça de Deus, de tal modo que nem mesmo os homens ou os anjos podem nos afastar do Seu amor, que nos é dado através de Jesus Cristo, o cordeiro imaculado que se entregou por nós.
Somos levados a crer e nos é proposto por Deus que por mais dificuldades que possamos vir a ter na vida, independente do tempo em que vivemos, que o amor de Deus é justificado no seu Filho. Não um filho que morreu, mas um Jesus vivo na Eucaristia, o pão vivo que nos afasta de todos estes questionamentos, e nos aproxima intimamente da Santidade, pois diante de Deus, temos as respostas para nossos corações, principalmente quando a pergunta é: Quem poderá nos afastar do amor de Deus? E Ele mesmo em nossos corações responde: Nada.
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