O teste de QI, mede o corpo da inteligência, já o humor, mede a alma. Alma que foi definitivamente exorcizada pela censura no país. Até semana passada, vigorava uma lei que PROIBIA os humoristas de diversos tipos (cartunistas, apresentadores, imitadores e etc) de se manifestar no período eleitoral. Um comediante imitando o Lula, estava fora de cogitação - se fizesse, o comediante ou o veículo a qual pertença receberia uma multa, simples assim. Na sexta-feira passada, dia 28, essa lei caiu graças ao bom censo de um juiz.
No estado soberano da democracia, a opinião alheia a nossa deve ser respeitada e não calada. Não é de hoje que as pessoas usam do humor para se manifestar contrários a algo ou a alguém e isso ocorre mundo afora. Mas foi aqui, no Brasil que os narizes vermelhos tiveram de se calar. Tudo bem que a lei caiu e que agora isso faz parte do passado, mas o que fica é exatamente a sensação de que a democracia no país varia de acordo com o humor dos governantes. Se, o presidente do país acorda de bom humor - viva estamos salvos por um dia, agora se ele acorda de ressaca - o que deve ocorrer com certa freqüência, estamos todos perdidos, porque ele vai vomitar marimbondo na Constituição.
A impressão que se tem, ao ver tais fatos, é que o brasileiro não aprendeu nada, mas absolutamente nada com o regime militar que vale lembrar durou vinte anos. Uma geração inteira viveu seus primeiros anos sob a opressão militar que não permitia a liberdade de expressão, fosse no campo artístico ou no jornalístico.
Dessa vez foi o humor, amanhã pode ser a religião e depois a ideologia política. Embora essa idéia seja um tanto dramática, é fato que as grandes opressões e as grandes ditaduras que já existiram no mundo começaram assim, calando alas da população que aparentemente não tinham tanta importância. Exemplos não faltam. A sociedade em pleno século XXI, ainda não tomou conhecimento de seu verdadeiro poder - o poder do voto. Votar não significa apenas ir às urnas no dias das eleições - é preciso mais, é preciso uma espécie de "pós-venda" do voto, simplificando: os eleitores tem mesmo total conhecimento das idéias de seus candidatos ? Infelizmente a resposta é um sonoro não.
Houve essa tentativa de calar os humoristas, que até poderiam ficar mudos, mas cegos jamais - daí os protestos em forma de humor, daí a indignação que usa do riso para se manifestar e principalmente pensar. Jerry Seinfeld pai do Standard Comedy, disse certa vez que não existe nada mais real e verdadeiro do que a comédia. Se alguém contar uma piada e ela realmente não for engraçada e inteligente, quem escuta não rirá, e no Brasil, não existem verdades maiores dentro do cenário político do que as piadas feitas a respeito da má governança dos políticos.
Mas cabe aqui uma colocação: os humoristas estavam proibidos de se manifestar. Mas é permitido a qualquer tipo de pessoa se candidatar aos cargos públicos, inclusive palhaços profissionais. Sim, viver a plena democracia significa dar espaço para todos, mas deixar que pessoas sem a menor qualificação técnica engajem na vida política, fazendo parte do Legislativo e do Executivo, é uma piada de tremendo mau gosto. Um dos maiores problemas do Brasil é exatamente esse - permitir que qualquer um candidate-se a cargos públicos da magnitude dos Poderes. Até hoje é difícil aceitar que o presidente do país não tenha uma faculdade. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral), órgão máximo de controle eleitoral no país, nunca se manifestou contra essas situações.
Tentar calar o humor, justificando que as piadas eram deboche dos candidatos, foi um verdadeiro tiro no pé, por parte dos que redigiram tal lei. Não é que os humoristas vão se vingar, mas a fenda aberta talvez jamais se feche novamente. Deve-se tentar acabar com a corrupção e consequentemente calar os corruptos - preferencialmente colocando-os atrás das grades.
Para finalizar e lembrando um dos humoristas mais conhecidos do país, se entrevistassem Tião Macalé a respeito desse episódio ele com certeza diria: NOGEEENNTTOOO !!!!
A impressão que se tem, ao ver tais fatos, é que o brasileiro não aprendeu nada, mas absolutamente nada com o regime militar que vale lembrar durou vinte anos. Uma geração inteira viveu seus primeiros anos sob a opressão militar que não permitia a liberdade de expressão, fosse no campo artístico ou no jornalístico.
Dessa vez foi o humor, amanhã pode ser a religião e depois a ideologia política. Embora essa idéia seja um tanto dramática, é fato que as grandes opressões e as grandes ditaduras que já existiram no mundo começaram assim, calando alas da população que aparentemente não tinham tanta importância. Exemplos não faltam. A sociedade em pleno século XXI, ainda não tomou conhecimento de seu verdadeiro poder - o poder do voto. Votar não significa apenas ir às urnas no dias das eleições - é preciso mais, é preciso uma espécie de "pós-venda" do voto, simplificando: os eleitores tem mesmo total conhecimento das idéias de seus candidatos ? Infelizmente a resposta é um sonoro não.
Houve essa tentativa de calar os humoristas, que até poderiam ficar mudos, mas cegos jamais - daí os protestos em forma de humor, daí a indignação que usa do riso para se manifestar e principalmente pensar. Jerry Seinfeld pai do Standard Comedy, disse certa vez que não existe nada mais real e verdadeiro do que a comédia. Se alguém contar uma piada e ela realmente não for engraçada e inteligente, quem escuta não rirá, e no Brasil, não existem verdades maiores dentro do cenário político do que as piadas feitas a respeito da má governança dos políticos.
Mas cabe aqui uma colocação: os humoristas estavam proibidos de se manifestar. Mas é permitido a qualquer tipo de pessoa se candidatar aos cargos públicos, inclusive palhaços profissionais. Sim, viver a plena democracia significa dar espaço para todos, mas deixar que pessoas sem a menor qualificação técnica engajem na vida política, fazendo parte do Legislativo e do Executivo, é uma piada de tremendo mau gosto. Um dos maiores problemas do Brasil é exatamente esse - permitir que qualquer um candidate-se a cargos públicos da magnitude dos Poderes. Até hoje é difícil aceitar que o presidente do país não tenha uma faculdade. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral), órgão máximo de controle eleitoral no país, nunca se manifestou contra essas situações.
Tentar calar o humor, justificando que as piadas eram deboche dos candidatos, foi um verdadeiro tiro no pé, por parte dos que redigiram tal lei. Não é que os humoristas vão se vingar, mas a fenda aberta talvez jamais se feche novamente. Deve-se tentar acabar com a corrupção e consequentemente calar os corruptos - preferencialmente colocando-os atrás das grades.
Para finalizar e lembrando um dos humoristas mais conhecidos do país, se entrevistassem Tião Macalé a respeito desse episódio ele com certeza diria: NOGEEENNTTOOO !!!!
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