Inspirado pela análise feita pelo Ernesto Varela, digo por Marcelo Taz, em seu blog, sobre o grande passo democrático que é o discurso do "estado da união" nas terras do basquete e do queijo cheddar, que aconteceu essa semana - assim como acontece todo início de ano, desde que o povo americano sabe o que é um automóvel, este blog se põem a pensar sobre o estado da nossa união, aquela das terras do futebol e do queijo minas.
Querer comparar a solidez democrática que são os EUA com a gelatinosa ditadura branca do Brasil é piada de muito mau gosto a qual não devemos nos atrever. Nunca na história como dizia o fascista light Lula, o presidente do país fora convidado pelo congresso para expressar a atual situação das coisas. Se estamos, bem, mau, se tudo vai dar certo ou se não sairemos mais da UTI ou como disse o professor Tiburcio, digo, Marcelo Taz, de onde viemos, para onde vamos.
O ponto no caso, é a falta de transparência que existe entre as duas principais casas da nossa nação sem união. O Executivo anda de forma independente do Legislativo, que por sua vez, manobra de forma idêntica. Noves fora as exigências fiscais criadas pela lei de FH, os vizinhos mau se cumprimentam no portão. Daí uma das grandes diferenças para nossos amigos do norte. Lá, a ida do presidente até o congresso mostra que a principal função do Legislativo é muito bem cumprida - a de ficar de olho no que o todo poderoso presidente faz. Simples como pão na chapa.
Bem, aí podemos somar dois com dois para fazer quatro. Se, não temos nenhum Obama, nenhum Kennedy, nenhum Clinton nas nossas casas de poder tapúia, afinal temos a Dilma, o Sarney, o Collor, o Maluf, também não devemos querer ter nenhum Allan Greenspan, já que temos o Mantega. Eu disse Mantega e não manteiga, prestem atenção, mas até agora não conseguiu-se distinguir a lisura de ambos.
E cá entramos no olho do furacão da falta do estado da união. Lá, assim como não é c á, o presidente do FED (Federal Reserve, na sigla em inglês) o banco central americano, também vai até a casa do povo, para dar suas explicações sobre como anda o bolso dos bebedores de coca. Ok, o Mantega é o minstro da fazenda e não presidente do BC, mas guardadas as proporções, as distintas funções entre brasileiros e americanos, tem o mesmo peso.
Pelas bandas de cá, onde bebe-se guaraná, nenhum desse procedimentos explicitamente democráticos ocorre e o que temos é um país onde o obscuro faz presença em nosso cotidiano. O mais novo exemplo disso é o resultado dado pelo FMI sobre as contas públicas brasileiras, que crescem como nunca antes na história, graças é claro a toda essa falta de fiscalização por parte do congresso sobre o palácio do planalto. Para ajudar a enveredar a situação, o ministro Guido Mantega, que nunca foi o que pensa ser - um grande economista, explicou que os comentários feitos pelo Fundo Monetário, foram feitos por "um velho ortodoxo que se distraiu e escreveu isso". Em um país onde o estado da união é base para a democracia, o ministro teria sido expulso de campo sem choro nem vela.
As contas do governo, a famosa austeridade fiscal, está passando por um momento crítico, uma inflação particularmente desagradável que pode vir a refletir na vida do brasileiro comum e simplesmente o que o ministro da fazenda faz é dizer que o FMI, ultrapassado em seus métodos de análise está errado sobre nossa saúde fiscal.
A falta do estado da união, pesa e muito sobre o ritmo da regência que os maestros nos dão, afinal a economia é a batuta do maestro, é ela que dá o tom da música, é aos movimentos da batuta que todos os outros instrumentos se guiam afinal como disse um assessor de Bill Clinton na campanha presidencial de 92, "é a economia, estúpido". Se ela vai mau, baubau, tudo vai mau.
Logo, devemos prestar atenção nos próximos capítulos dessa história, pois os números, que são irrefutáveis, mostram que temos tudo para que 2011 seja um ano particularmente preocupante no âmbito econômico, principalmente por termos na regência o mastro/ministro estúpido Guido Mantega, aquele que junto com outros não permite nosso Estado ter uma União.
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