Por esses dias, li e concordei com o artigo de um jornalista. O que está deliberadamente faltando nos debates e no cenário político tapuia é a critica sobre a corrupção. Não se ouviu e nem se falou mais sobre a dita cuja. Fala-se sobre tudo em nossa política: desde acordos nucleares internacionais até as novas cadeirinhas para crianças nos carros. Mas o mais importante, o mais vil e débil inimigo da democracia está, há muito tempo na sombra - e na água fresca, pode apostar.
E nesse caso, não estamos falando dos temas que devem ser abordados nas sabatinas e debates dos presidenciáveis. Desde que o ex-governado do DF, foi preso no escândalo dos panetones e maços de dinheiro em meias, a corrupção não tem frequentado as capas dos jornais e as manchetes nos telejornais.
Não podemos medir o que é mais prejudicial para uma nação: não falar, denúnciar e destronar a corrupção, como se ela não existisse ou não falar sobre democracia direta, também fingindo que a mesma não passa de folclore. Os expedientes dos partidos como dito anteriormente falam muito sobre seus grandes feitos, mas defender a democracia, a força máxima adquirida através dos tempos pela humanidade, não tem sido pauta dos mesmos. A democracia é e sempre deverá ser tratada como a menina dos olhos de um povo e não ficar escondida como se fosse um tabu falar sobre ela. Mas atentemo-nos a corrupção ou a falta dela, no caso. E nisso devemos abrir uma linha do tempo, pois ela a cá chegou junto com as caravelas portuguesas.
A corte Portuguesa, fugida as pressas de Lisboa em 1808, trouxe inúmeros benefícios para o País, como a abertura dos portos, a criação dos correios, mas também trouxe nessa administração frutas podres que aqui se multiplicaram. A corrupção brasileira, passou pela Monarquia, pelo golpe militar e pela república - seja ela, nova ou velha.
E chegamos a 2010, ano eleitoral, época pela qual passaram pelo poder tanto a direita como a esquerda, ambos tendo oito anos para mostram do que eram capazes de fazer.
Fizeram algumas coisas, sim, principalmente no âmbito econômico e consequentemente no social, sendo isso paternalista ou não. Mas pouco para não dizer nada, fizeram para combater a corrupção. Exceção deve ser delegada ao ex-presidente Fernando Henrique que criou a lei de responsabilidade fiscal onde todos os municípios e estados devem prestar contas a União de seus gastos. Parou aí. Desde então, a estrada pendeu para uma ribanceira sem fim.
E existe uma explicação muito razoável para isso. A Justiça é cega e no nosso caso também é surda e principalmente muda. Não existem formas legais, ou seja amparadas por lei, que impeçam a roubalheira, a corrupção e todos outros adjetivos que vem ao caso. A lei existe ? Sim. Mas não é aplicada. Se verificarmos os tantos Códigos que existem, a nossa sociedade é perfeita. No caso deles serem aplicados é claro, o que não acontece.
O PT frustrou muitos e muitos partidários de suas ideologias, quando no primeiro mandato do atual presidente da república veio a tona um dos mais absurdos e graves casos de corrupção que já existiu. O chamado Mensalão, onde o PT colocou no bolso, legisladores e parlamentares da situação para poder fazer passar pelas formas corretas as leis que lhes seriam úteis para aprovação. O presidente após a passagem desse furacão que varreu de cena nomes importantes do partido e possivelmente importantes para os efeitos de permanência no poder (leia-se sucessão presidencial), disse a todos que simplesmente não sabia de nada. E assim permaneceu no poder, podendo tranquilamente disputar outra eleição, que para tornar tudo mais nebuloso venceu e diga-se, venceu fácil.
Fernando Collor de Mello, o primeiro presidente eleito por voto direto, após vinte anos de regime militar foi deposto por muito menos, para ser preciso, foi deposto porque não soube explicar a origem de uma Elba. E lá, naquele início dos anos noventa estava o PT, fazendo total oposição aquela situação, dizendo-se o partido mais íntegro que já houvera. O que o tempo e o poder não fazem, não é mesmo ?
A corte Portuguesa, fugida as pressas de Lisboa em 1808, trouxe inúmeros benefícios para o País, como a abertura dos portos, a criação dos correios, mas também trouxe nessa administração frutas podres que aqui se multiplicaram. A corrupção brasileira, passou pela Monarquia, pelo golpe militar e pela república - seja ela, nova ou velha.
E chegamos a 2010, ano eleitoral, época pela qual passaram pelo poder tanto a direita como a esquerda, ambos tendo oito anos para mostram do que eram capazes de fazer.
Fizeram algumas coisas, sim, principalmente no âmbito econômico e consequentemente no social, sendo isso paternalista ou não. Mas pouco para não dizer nada, fizeram para combater a corrupção. Exceção deve ser delegada ao ex-presidente Fernando Henrique que criou a lei de responsabilidade fiscal onde todos os municípios e estados devem prestar contas a União de seus gastos. Parou aí. Desde então, a estrada pendeu para uma ribanceira sem fim.
E existe uma explicação muito razoável para isso. A Justiça é cega e no nosso caso também é surda e principalmente muda. Não existem formas legais, ou seja amparadas por lei, que impeçam a roubalheira, a corrupção e todos outros adjetivos que vem ao caso. A lei existe ? Sim. Mas não é aplicada. Se verificarmos os tantos Códigos que existem, a nossa sociedade é perfeita. No caso deles serem aplicados é claro, o que não acontece.
O PT frustrou muitos e muitos partidários de suas ideologias, quando no primeiro mandato do atual presidente da república veio a tona um dos mais absurdos e graves casos de corrupção que já existiu. O chamado Mensalão, onde o PT colocou no bolso, legisladores e parlamentares da situação para poder fazer passar pelas formas corretas as leis que lhes seriam úteis para aprovação. O presidente após a passagem desse furacão que varreu de cena nomes importantes do partido e possivelmente importantes para os efeitos de permanência no poder (leia-se sucessão presidencial), disse a todos que simplesmente não sabia de nada. E assim permaneceu no poder, podendo tranquilamente disputar outra eleição, que para tornar tudo mais nebuloso venceu e diga-se, venceu fácil.
Fernando Collor de Mello, o primeiro presidente eleito por voto direto, após vinte anos de regime militar foi deposto por muito menos, para ser preciso, foi deposto porque não soube explicar a origem de uma Elba. E lá, naquele início dos anos noventa estava o PT, fazendo total oposição aquela situação, dizendo-se o partido mais íntegro que já houvera. O que o tempo e o poder não fazem, não é mesmo ?
Dado esse refresco na memória, voltemos ao cerne do texto. Até o presente momento, nenhum dos três candidatos ao principal cargo da Nação atreveram-se a tocar no assunto. E aí o BOD pergunta. Por qual motivo, causa, razão ou circunstância ?
A impresa, ou parte dela que também está nas folhas de pagamento de alguns políticos, ajuda e muito, afinal é o quarto poder, o mais livre de todos, que deveria ter a obrigação de fiscalizar os outros três, mas prefere falar de outros assuntos a cutucar com veemência todos aqueles que almejam o poder.
E assim a vida segue, sem falar no mais importante de tudo.
Isso é como um cirurgião que se forma, mas nunca tocou em um bisturi. Ou um advogado que nunca enfrentou um julgamento.
Isso é um policial que vai as ruas mas nunca portou uma arma de fogo. Ou um professor de história ministrando química no laboratório do colégio.
Isso é um carro sem freio, numa ribanceira chamada Brasil, país de todos, logo ali no cruzamento com a avenida ordem e progresso.
Isso vai contra aquela famosa música. Se gritar: Pega ladrão, nesse caso, ninguém precisa sair do lugar.
A impresa, ou parte dela que também está nas folhas de pagamento de alguns políticos, ajuda e muito, afinal é o quarto poder, o mais livre de todos, que deveria ter a obrigação de fiscalizar os outros três, mas prefere falar de outros assuntos a cutucar com veemência todos aqueles que almejam o poder.
E assim a vida segue, sem falar no mais importante de tudo.
Isso é como um cirurgião que se forma, mas nunca tocou em um bisturi. Ou um advogado que nunca enfrentou um julgamento.
Isso é um policial que vai as ruas mas nunca portou uma arma de fogo. Ou um professor de história ministrando química no laboratório do colégio.
Isso é um carro sem freio, numa ribanceira chamada Brasil, país de todos, logo ali no cruzamento com a avenida ordem e progresso.
Isso vai contra aquela famosa música. Se gritar: Pega ladrão, nesse caso, ninguém precisa sair do lugar.
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