sábado, 5 de junho de 2010

EMPATE

O Instituto IBOPE em pesquisa encomendada pela Rede Globo de Televisão e pelo jornal O Estado de São Paulo, apontou empate entre os dois principais candidatos a presidência da República, o tucano Serra e a petista Dilma. Ambos possuem os mesmos percentuais tanto no primeiro como - pasmem - no segundo turno. (37% e 42% respectivamente).
Dados os fatos, paremos pois para reflexão. 

Dilma, há cerca de um mês e meio, vem sendo apresentada como o melhor produto no PT, depois do presidente Lula é claro. Baseando-se em fatos e históricos, podemos assegurar que a candidata petista nunca esteva a frente de um cargo executivo público - apenas ministra do governo atual, onde atuou nas pastas de Minas e Energia durante uma parte do primeiro mandato de Lula e posteriormente aos escandalos do Mensalão, que excomungaram nomes fortes do petismo como Pallocci e Dirceu, apareceu na Casa Civil, para dar seus expedientes e claramente se tornar a "super-ministra", título anteriormente dado a Pallocci.
É fato também que a ministra nunca esteve envolvida nos diversos escandalos envolvendo o seu partido. Mérito para a candidata ? Não. Ela não fez mais do que a sua obrigação. Até porque o BOD acredita que ela não participou ativamente do Mensalão, porque na época fazia parte da reserva e não dos titulares do governo de Luiz Inácio. Caso contrário, teria o nome envolvido na história - ou o nome respingado, como aconteceu a outros.
Dilma, nunca foi uma grande e brilhante política. Até porque nunca esteve na linha de frente, e sim ocupando cargos adminstrativos. Ou seja, é uma burocrata. Não que isso seja ruim para alguém. Mas para alguém que quer ser presidente da República sim. Lhe falta experiência, tato e "outras cositas mas". Tem o nome empatado a Serra graças aos marqueteiros do PT e ao grande cabo eleitoral - o próprio presidente do país. (sobre esse ponto dedicaremos um post especial).

Agora, analisemos o outro: José Serra. O tucano já é figura carimbada e conhecida da política nacional. Foi ministro da saúde no governo Fernando Henrique Cardoso e dentro dessa gestão criou a linha de remédios genéricos, que tem o mesmo principio ativo, mas como não tem marca, custa menos para o bolso de quem precisa. Mérito para o candidato ? Não. A concorrência que deveria ter sido criada não sacudiu o mercado farmacêutico como se pensou. Serra teve o nome ligado a uma das primeiras empresas a desenvolver esses medicamentos. E enquanto ministro, não deu cabo, aos olhos do BOD de problemas básicos, mas sérios da nossa tão conhecida saúde pública.
Serra tem mais experiência que a candidata da situação ? Sim, claro que tem. Nesse ponto da análise, ele leva vantagem. Não só tem no histórico um cargo administrativo, como já foi prefeito da maior cidade do país (cargo que jurou não abandonar por conta de outros pleitos - mas o fez) e também foi governador de São Paulo. 
Foi o candidato a presidência na primeira eleição de Lula. Não venceu. Na verdade, não chegou nem perto. Lula estava forte, Lula representava a mudança, a renovação de uma política denominada conservadora e burguesa, empregada por Fernando Henrique. Nesse ponto o BOD discorda. Mas concorda que o Lula representava mudança - mas nunca o foi. Não essa mudança social, tão esperada pelo povo, que muitas vezes enxergou essas mudanças como mágicas, quase messiânicas.

Mas o ponto aqui, são os novos presidenciáveis e não as pessoas que já passaram ou que estão no Palácio do Planalto. E sob essa ótica, devemos observar outros pontos, por assim dizer não tão técnicos. Dilma na juventude, ao pertencer durante a ditatura a partidos de esquerda, pegou em armas e fez parte de milícias que usaram do terror, para espalhar sua ideologia. Diz a mesma que foi presa e torturada. E se diz hoje, uma das muitas vítimas da ditadura. Recentemente foi comparada a Nelson Mandela por nosso presidente Lula. Desse comentário, o BOD se abstem.
Ambos, possuem a mesma formação acadêmica - são economistas. Um brilhante a outra mediana. Mas ao menos possuem diploma. Enquanto Dilma lutava com armas em punho por suas ideologias marxistas e stalinistas, Serra estava no chile estudando e dando aulas em universidades. Cada um deles no passado defendeu a liberdade que nos fora tirada pelo golpe militar de forma bem clara e específica. E o BOD acredita que presidiriam o país de forma bem diferente ou do outro.

A campanha ainda não começou pra valer. Muita água irá rolar debaixo dessa ponte e muitas pesquisas oscilarão entre ambos. Mas de um jeito ou de outro, isso não acabará em empate.





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