domingo, 25 de julho de 2010

Um contra todos

Esses dias tem sido muito reveladores para a América Latina, eles tem sido historicamente marcantes assim como um compositor que encontra o conjunto correto de notas para formar a sua melodia ou um arquiteto que descobre a forma mais inédita para a fachada de uma obra que assina. Mas a música atual dos latinos não tem a felicidade da rumba, a graciosidade do tango ou a amorosidade da bossa nova, mas pendem mais para a marcha fúnebre de Chopin ou algo no mesmo tom triste e melancólico do mestre do piano.
A América Latina que sempre foi um barril de pólvora, acendeu mais um pavio que ganha forças por estar vivendo uma das piores safras de presidentes que já se teve notícia nas últimas duas décadas, somando-se a isso a ressaca que todos vivem por conta da crise financeira mundial de 2008/2009 que foi um soco no estômago do capitalismo democrático e serviu de impulso para o capitalismo de estado - obra dos nossos distantes amigos chineses.
Da atual contenda temos o seguinte: O presidente da Colômbia , Álvaro Uribe, acusou o governo da vizinha Venezuela de abrigar guerrilheiros e campos de treinamento, das Farc (Forças Armadas Revolucionárias Colombianas) em suas selvas. Hugo Chavez, o todo poderoso líder revolucionário e muitas vezes "napoleônico" se irritou e tomou para si todas as possíveis dores dessa história que envolve a Colômbia, a Venezuela, o Equador e o Brasil. Um quarteto nada fantástico.
Uribe, fora eleito tendo como plataforma de campanha acabar com as Farc e consequentemente como o narcotráfico que muitos consideram o maior produto tipo exportação da Colômbia. Uribe, teve declaradamente apoio do governo dos Estados Unidos, na época governado por Mister George Walker Bush. O apoio era tão irrestrito que falou-se em Bogotá permitir uma base americana em suas terras, justamente para em trabalho conjunto entre os dois governos somarem forças para atacar aquela que é considerada uma das maiores quadrilhas que existem na América do Sul - as Farc. Nesse episódio, Chavez, que não tinha nada a ver com a história, ameaçou cortar relações com a Colômbia, alegando que os Estados Unidos queriam na verdade ter espaço no lado sul do continente assim com tem no continente africano, por exemplo. 


Ainda tendo as Farc como motivos para brigas, outro episódio, envolveu agora o Equador de Rafael Corrêa, filho político de Hugo Chavez e que também ascende às idéias Bolivarianas, Fidelistas e a todas idéias possíveis que norteiam a mente de um esquerdista.
Nesse capítulo, o exército colombiano invadiu o território equatoriano para dar cabo de agentes das Farc - agentes do primeiro escalão inclusive, numa mostra clara que não seriam fronteiras, rodeadas por selva, que iriam impedir a caça aos bandidos narcotraficantes das Farc. Quito, amparado por Caracas, reagiu com toda veemência possível, bem como uma vizinha reage ao vidro da janela quebrado pela bola dos garotos da frente, e os dois países hermanos cortaram relações diplomáticas com Bogotá. Nesse ponto, tanto Washington como Brasília entraram em cena para acalmar os nervos já que os dois países melindrados botaram seus contingentes à postos de combate na fronteira com a Colômbia - e ameaçaram prender o presidente colombiano caso ele pisasse em seus territórios.
As intervenções funcionaram, a poeira e os ânimos baixaram e todos voltaram a ser bons vizinhos, daqueles que pelo menos dão bom dia, mas nada além, até a semana passada quando as crianças voltaram a brigar por causa da bola.
Tomando como base que os atuais governantes das nações latinas não sejam os melhores que já tenham existido e que a sua maioria é composta de esquerdistas cabeças-de-vento, dentre eles Chavez sendo o maior de todos, podemos notar que essas brigas, rixas e afins que tem cercado os noticiários vão muito além da guerra às drogas. Podemos dizer que Álvaro Uribe é aquele típico bom aluno que senta nas primeiras fileiras, mas que chega de surpresa no meio do ano, sem conhecer bem os outros alunos ou a turma como um todo e para seu azar essa turma tem mais alunos do fundão do que alunos preocupados com a própria formação.
Uribe se destaca dos demais políticos pois não tem uma formação de esquerda como o tem Chavez, Corrêa, Morales e Lula. Logo, não vive a utopia de uma América Latina com bandeiras vermelhas tremulando, sob as estátuas de Lenin, Marx, Fidel e Guevara. Uribe, vem de uma escola muito menos fanática, pois vem da direita moderada. E tendo um curriculum desses tornou-se pedra no sapato daqueles que querem uma governança absolutamente marxista e bolivariana nas terras latinas.


A atual briga se dá porque Uribe não só acusa a Venezuela de protejar as Farc em suas terras, como tem provas e mais provas de que seus vizinhos não são lá flor que se cheire. Venezuela, Equador e o Brasil estão envolvidos com as Farc até o pescoço e aqui estamos falando de pessoas dos altos escalões dos governos: ministros, deputados, juízes das supremas cortes e assessores das grandes pastas. E a partir do momento em que Uribe teve acesso a estas informações, não teve dúvida, pôs a boca no mundo. A estridente cena feita por Chavez, prova apenas que é tudo verdade, pois em outras circunstâncias, a diplomacia teria feito sua parte, mas Chavez nunca foi muito adepto das formas civilizadas de tratar seus problemas. As Farc sempre tiveram o apoio dos governos de esquerda que aqui a América Latina tem a rodo, como se diz no popular e aparentemente o "vice-versa" acontece, afinal em uma relação de tantos poderes, uma mão tem que lavar a outra para que o sistema podre continue existindo e quando se trata de tantos poderes assim é de se esperar ou ao menos supor que os presidentes, em seus gabinetes e com toda a máquina administrativa em mãos, estejam bem a par do quem tem ocorrido. Para esse caso das Farc, Lula não poderá dizer que não sabia de nada, como fez com o caso do mensalão e principalmente o Legislativo e o Judiciário não poderão se fingir de plantas como fizeram para dar fim a aquela história.


A de se analisar alguns pontos contra Álvaro Uribe. Primeiramente ele errou ao deixar o exército colombiano invadir terras estrangeiras. Sim, ele tinha motivos, mas nesse ponto a soberania territorial do Equador foi arranhada, mas nada que levasse a Quito a chamar de volta pra casa seu embaixador. Segundamente, Uribe tem em mãos documentos e emails que comprovam a participação de governos estrangeiros apoiando explicitamente as Farc, Venezuela, Equador e Brasil, mas Uribe não gritou aos quatro cantos do mundo a respeito do amigo tapuia, ao contrário, tratou com total discrição o nome do Brasil (leia-se petistas e Lula) no envolvimento do caso. Mas o país das chuteiras está tão colado a esses trapos quanto o país das misses universos. Ora, se Uribe quer realmente acabar com as Farc, utilizando-se dos meios legais que existem, ele deveria ter usado o mesmo peso que usou em Chavez para Lula, mas aparentemente as relações comerciais que os dois países tem falou mais alto e Uribe tirou a boca do trombone quando apontou para Brasília - algo feio para quem em teoria respeita a democracia em seu país e que nesses canaviais latinos tem sido uma das poucas canas a dar boa garapa e não aguardente como são os demais.


Espera-se que tudo isso termine com o enfraquecimento e destronamento das forças ilícitas que atuam na américa latina, desde as Farc até aos casos brasileiros como o Comando Vermelho no Rio e o PCC em São Paulo. Que mais esse episódio, seja o final de uma temporada e que na próxima, os personagens principais tenham mais dignidade e caráter para assim como fazem os amigos ianques nunca negociar com terroristas, porque eles podem ter a triste musicalidade do jazz e do blues, mas são também os pais do bom e velho rock in roll, que pode as vezes até estar fora de moda, assim como a democracia na américa latina, mas eles sabem como poucos a forma de  levantar platéias em megashows com mais de duzentos mil participantes, assim como sempre empolgaram seus compatriotas com o bom uso das forças democráticas e dela própria em seu estado mais ideal e puro. 
Aprendamos, pois.

domingo, 18 de julho de 2010

A colorida democracia hermana

A democracia criada inicialmente pelos antigos gregos, assim como o capitalismo democrático com o seu anti-trust criado pelos americanos no início do século XX, acabaram ao longo dos anos, passando por várias etapas que modificaram as idéias iniciais dessas filosofias criadas pelo homem moderno. A democracia como a conhecemos hoje teve seus altos e baixos ao longo da história, principalmente na Europa que viu suas terras passarem por duas guerras mundiais e por várias revoluções, apenas para citar três das mais importantes: a Francesa, a Russa e a revolução industrial na Inglaterra que é hoje considerada a mãe do capitalismo que começou nos Estados Unidos e mudou a cara do mundo como o conhecemos. Mesmo o capitalismo brilhantemente criado e defendido pelos ianques tem tido suas novas variações, o maior exemplo é o atual monstro criado pelos chineses - o chamado capitalismo de estado. Justamente eles que nunca foram em mais de 5 mil anos de história adeptos de qualquer forma de democracia, o que para eles, sim é um monstro criado pelo homem moderno.
A democracia com todas as suas mutações e adaptações para ser um pouco darwnista também sempre teve seus altos e baixo na América latina, onde praticamente todos os países enfrentaram quedas de governo, por força de golpes militares como no Brasil que não teve um ditador mas viveu sob um regime militar que perdurou duas décadas , por força de ditadores que subiram ao poder como em Cuba com Fidel e Raul Castro e Ernesto Guevara a até mesmo por força da própria democracia como no caso brasileiro do ex-presidente Fernando Collor que foi caçado por conta de uma Elba.
Em todos esses casos a democracia foi veementemente atacada e muitas vezes ficou vagando como um fantasma por conta de governos autoritários. Hoje, a América Latina vive um processo parecido com o que tem ocorrido com o capitalismo democrático, que ganhou uma versão "gêmeo mau" com o capitalismo de estado dos chineses. A democracia tem sofrido maus tratos por conta do uso torpe que os governantes tem dado à mesma. Um exemplo disso é a Venezuela que tem um presidente há oito anos no poder e que por força de lei  ou seja através da democracia pode ser eleito quantas vezes ele bem entender - um modelo muito parecido com o adotado pelos irmãos Castro na ilha de Cuba, mas com um tom agravante, esse modelo usado por Chavez veste-se com roupas que tem a etiqueta da democracia e vale lembrar que o presidente Lula tentou mas não conseguiu, implantar no Brasil uma idéia fuinha como essa. Graças à oposição que corrupta que é, jamais deixaria toda a farinha do saco apenas para os esquerdistas do PT - no caso tapuia não foi uma vitória da democracia como aparenta à primeira vista, foi na verdade a panelinha que se mexeu para não perder o que é seu, pelo menos na visão deles - é claro.
Ainda na geografia latina temos a nossa vizinha: a Argentina, que não tem uma história democrática muito diferente dos demais, mas diferentemente dos demais sabe valorizar sua tão triste e conturbada face democrática. Face que por muitas vezes foi dada à tapa pelas mãos da história e de tiranos que a construíram.

A Argentina que tem uma história parecida com a brasileira, já sofreu duros golpes, com os militares, com a economia e até com o futebol. No campo econômico a Argentina ficou marcada pelos "panelaços" que foram protestos feitos em sua maioria por mulheres no final dos anos noventa que foram às ruas para reenvindicar melhores atitudes do governo que via sem nada fazer a sua antes sólida economia se esvair como sorvete fora do freezer em dia de verão e apenas para ressaltar essa parte culminou com a renuncia do presidente De La Rua que saiu da sede do poder às pressas em um helicóptero. Outra página importante no campo das cifras foram os "curralitos" que eram nada mais nada menos que o congelamento das contas bancárias dos argentinos que da noite para o dia ficaram sem um peso no bolso.
A parte dos militares tem lados sombrios que beiram os bons roteiros de terror americano ou para ser mais portenho, dariam um bom tango. Nos anos sessenta os militares chegaram ao poder e mostraram aos argentinos a fúria do poder, levando o país a viver os seus anos de chumbo, que só terminaram no início dos anos setenta com a volta do Peronismo e da ala "trabalhista" à Casa Rosada.

Dentro desses contextos a Argentina aprendeu pelo menos em parte a valorizar os bons ares da democracia. E cá cabem dois bons exemplos: O presidente do congresso argentino é também constituído do cargo de vice-presidente que não pertence ao mesmo partido do presidente do país o que nesse caso há bônus e ônus, mas que demonstra a forte veia democrática da Constituição. Outro caso que pode ser citado é o reflexo do estado laico - quando o país isenta-se de ter uma religião oficial, que geralmente dá margens para atos e fatos oficiosos e que vão contra a democracia, como o caso do Irã. E aqui passa a existir um dos atos mais democráticos que os países latinos já puderam criar.
Os hermanos tornaram oficial o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mesmo sob forte protestos de católicos, protestantes e ativistas que lutam pela instituição da família. O que cabe aqui mencionar é o uso da democracia, aquela mesma fecundada pelos gregos, para modificar a constituição e consequentemente a história de uma nação em prol da defesa de uma determinada minoria e da nivelação social e judicial de todos os cidadãos. Resumindo esse tango e não a ópera, os argentinos concretaram com solides as bases da democracia e deram em comparação às demais nações latinas um salto de anos luz. 
Alterar a constituição em prol dos gays não é muita novidade no mundo, pois temos como exemplo os Estados Unidos, alguns países na Europa e até mesmo a África do Sul, um país considerado de terceiro mundo - ou para usar uma linguagem moderna - um país emergente. Mas nunca essa força democrática havia sido ousadamente usada nas sedes de poder latino, que devido as colonizações espanholas e portuguesas sempre tiveram um fortíssimo tom católico.

Nesse tango chamado democracia argentina, que sempre teve muito mais espinhos do que flores as flores a partir de agora serão mais coloridas, graças as bandeiras do arco-íris e principalmente da democracia que tem sido hasteada nos mais céus das nações que lutam por seus cidadãos e o final desse tango não será como de habitual nenhuma tragédia, mas sim a base para novas etapas nessa estrada que leva à soberania democrática.

domingo, 11 de julho de 2010

O teu sucesso é meu. E o fracasso ?

Um homem é formado por suas virtudes, as virtudes são construídas com as experiências e experiência nada tem a ver com a idade, já disse sabiamente William Shakespeare. Virtude que os revolucionários franceses como Danton, Camille, Marabat e principalmente Robespierre, tratavam como algo quase divino. Virtu, como chamavam, era muito mais do que a simples definição de moral individual. Todos esses nomes citados, morreram acreditando que uma sociedade democrática era baseada em indivíduos que tinham a virtu, pois apenas através das virtudes, a democracia iria se impor sobra a tirania dos déspotas - no caso francês na pessoa de Luis XVI. O poeta inglês foi muito feliz com seus dizeres, mas deve-se ter atenção, pois quando alguém da altura histórica de William é mencionado, devido o alto grau de refinamento nas palavras, estas, podem sair distorcidas. Experiência de vida, não significa experiência de curriculum, mas foi na batida desse som que Lula entrou no palácio do Planalto e por lá ficou. Agora, o que a virtude dos deputados revolucionários franceses e as escritas do poeta inglês Shakespeare tem a ver com os políticos brasileiros ? Em especial os que estão no poder ? 

Lula que está no poder há oito anos - por conta de pleitos vencidos democraticamente  - quer porque quer permanecer no poder, ainda que não pode-se dizer a "todo e qualquer custo", ainda. Mas já tem seus planos para o futuro da nação, mesmo sabendo que não será ele quem estará no poder.  Virtude ? Experiência ? Não, nada além da sede de poder que sempre norteou os esquerdistas do PT. É bom lembrar que quando Lula e seus companheiros tiveram a brilhante idéia do terceiro mandado, só tiraram o cavalinho da chuva pois a chiadeira foi demais para seus ouvidos marxistas. E agora usa do aparato democrático para dar continuidade aos seus ideais que vão desde ser o líder de toda a américa latina até transformar o país em uma filial de Cuba, no caso tamanho família e indícios para isso não faltam de que pelo menos a semente já tenha sido plantada. Dentro desse contexto, surge Dilma Rousseff, que até então não estava nos planos para o Planalto - o nome certo era o de José Dirceu, mas para deleite da oposição, havia um Roberto Jefferson no meio do caminho de Zeca Diabo. Tendo uma Dilma na mão e uma idéia na cabeça, os petistas desembarcaram em Madri, tendo Dilma já como candidata oficial, é bom lembrar, para fazer fotos com o primeiro ministro espanhol José Luiz Zapatero que serão usadas na campanha eleitoral da sogra do Brasil. 
Dilma, como não tinha nada melhor para falar ou para ablar disse que o sucesso de Lula, também é o seu sucesso.  Algo nada virtuoso para quem pleiteia o cargo mais importante do país e que além de desmerecer os conceitos de Robespierre, desacredita também as idéias de Shakespeare, pois dona Dilma, pode ter idade, mas está muito longe de ter a experiência necessária para governar uma nação, seja ela virtuosa ou não.
O simples fato de ter mencionado explicitamente que já pegou carona no sucesso do atual presidente, mostra que dona Dilma não tem nem projeto, nem passado, mas luta para ter um futuro como a primeira pessoa do sexo feminino a ocupar o cargo máximo no país - como se isso fosse justificável para dar-lhe vantagem sobre os demais canditados. 


A partir dessas informações pode-se analisar que o sucesso de Lula é pertinente para Dilma angariar votos e bater no peito - perfeito. Mas e os fracassos de Lula ? Também servem de parâmetro para a candidata de esquerda ? Lula, nesses oito anos em que está no poder, não obteve apenas glórias - a maioria vinda dos fatores econômicos da receita de bolo que o ex-sindicalista copiou de Fernando Henrique, bem como alguns dos mais festejados projetos assistenciais como o "Bolsa Família", antes denominado de "Bolsa Escola". Lula retém em sua estante várias derrotas e nesse caso a maioria delas derivam das vezes em que Lula e demais comunas tiveram que voltar atrás em tentar impor suas idéias marxistas, fidelistas, chavistas e por aí vai. Vejamos:

  • Lula tentou diversas vezes criar uma "agência reguladora de notícias" para dar fim e cabo à imprensa nacional
  • Lula tentou jogar na roda a idéia do terceiro mandato, copiando o seu amigo esquerdista  Hugo Chaves
  • Lula tentou abafar o caso do Mensalão, tirando o seu da reta, ao dizer que não sabia o que estava acontecendo.

Aqui não vemos a dona Dilma entrar na sala e bater no peito dizendo: "Companheiros, hay que endurecer pero sin perder la ternura jamás". Aqui quando as ondas do fracasso escondem o luar das glórias lulistas, a candidata do PT faz vistas grossas. Ou seja, para garantir votos o Lulinha paz e amor serve mas só para isso e mais nada. Lula, aquele mesmo que descaradamente diz ser o principal cabo eleitoral de Dilma, o que apenas para refrescar a memória, é um ato que vai contra a Constituição tem absoluta certeza de que o pleito que se aproxima já está ganho e que assim sendo ele terá mais quatro lindos e vermelhos anos para dar continuidade à construção de seu feudo, tendo Dilma como sua mais importante marionete.

Aguardemos para mais páginas dessa história, onde o bobo é rei. Onde a rainha é a boba, onde os poderes não pertencem ao mago Merlin, mas sim ao rei bobo. E onde os súditos tem que abaixar a cabeça para tudo isso. Porque em um país que se vê como um grande campo feudal - que as vezes parece um campo de concentração, nem as palavras sábias de William com sua vasta experiência e nem as virtudes de Robespierre e cia, podem dar fim a tanta falta. Falta de virtude e experiência.

sábado, 3 de julho de 2010

Empate II mas com tons de verde

Em nova pesquisa eleitoral realizada na virada entre os meses de junho e julho, desta vez pelo instituto Datafolha, os presidenciáveis - agora oficializados em suas candidaturas - José Serra pelo PSDB e Dilma Rousseff pelo PT continuam empatados (39% e 38% respectivamente) a outra candidata, Marina Silva pelo PV detem 10% para o pleito. Parem, leiam, e analisem com mais calma o atual cenário pois da forma que está, no segundo turno quem decidirá entre tucanos e petistas serão os eleitores verdes de Marina, Penna, Gabeira e por aí vai. 
Em uma disputa tão fechada e marcada voto a voto como será essa que se aproxima para saber quem será o novo cacique da tribo bralisis, o eleitorado de Marina Silva será o mais importante, haja vista que os eleitores de Serra e Dilma deverão ser os mesmos nos dois turnos. E aí temos uma grande ironia. Primeiramente o PV vende-se como um partido de esquerda moderada - moderadíssima na verdade. O PT é de esquerda, o PSDB de direita - ambos quase de centro. O PV que não tem tanto palanque como PMDB, DEM (PFL) e PTB não quis fechar acordos com PT nem PSDB - os quais podem ser considerados os partidos mais importantes atualmente, mas como gente grande lançou candidatura própria à presidência da república, na pessoa de Marina Silva - petista histórica, é bom que se mencione. Marina foi uma das cabeças que se não rolaram no início do governo petista há quase oito anos a exemplo de Eloisa Helena e Chico Alencar, ficaram para segundos ou até terceiros planos e escalões dentro do partido, simplesmente por terem acreditado na ideologia sempre utópica mostrada pelos esquerdistas da estrela vermelha.
Marina, ex-ministra do meio ambiente e ex-senadora pelo Acre terá em meio a uma biografia que é mais conhecida e respeitada no exterior do que no próprio país a vez de ajudar a decidir o futuro da nação pois seus atuais dez por cento de votos colocarão um tucano ou uma petista no palácio do Planalto.

Agora, como a obra-prima de Rodin, pensemos: Marina Silva era petista. Saiu pela porta dos fundos depois de deixar a pasta de Meio Ambiente falando sozinha. Filiou-se ao Partido verde, diferentemente de outros ex-petistas que fundaram o PSOL. Decisão totalmente compreensível, afinal Marina sempre foi uma petista histórica, nunca histérica, sem levar em consideração gritante que pela sua história, Marina sempre foi mais ambientalista do que esquerdista. Marina sempre preferiu as árvores amazônicas do que as idéias do  "Capital" de Karl Max, acredita-se também que no topo de sua lista negra esteja o ex-governador do Mato Grosso Blairo Maggi, conhecido por destruir a floresta tropical para dar lugar para a sua soja e não algum sociólogo que ajudou a botar o país nos trilhos econômicos.
Dado tais fatos e cenários pode-se argumentar que tanto Serra quanto Dilma já devem estar com suas mudas de palmeira nas mãos para só assim conseguir as bençãos  e os eleitores principalmente, da verde e até então sem muita clorofila no cenário tapuia, Maria Silva. 

Verde, como sabe a cultura popular é a cor da esperança. Agora só falta saber: Esperança de dias novos de quem sabe que "o Brasil pode mais" ou a Esperança de "nunca antes na história desse país" ?
Aguardemos pois, enquanto isso, plante uma muda de alguma coisa e não jogue lixo nas ruas.


domingo, 27 de junho de 2010

Hemorragia interna

Em "Coração Valente" épico do cinema dos anos noventa, que retrata o início da revolução escocesa para se libertar do poderio inglês há um diálogo curto, porém marcante entre o Rei Edward e um de seus ministros. Nessa pequena conversa o rei pergunta retoricamente: "Sabe qual é o problema da Escócia ? O problema da Escócia é que ela está cheia de Escoceses". Nos dias tapuias em que vivemos, essa pergunta poderia ser reformulada da seguinte forma - retórica também. "Sabe qual é o problema do PSDB ? O problema do PSDB é que ele está cheio de tucanos." Tucanos que sabem como poucos grupos dentro de um partido a forma tão precisa de como perder tão bem eleições presidenciais e isso vem desde 2002, quando perdeu o palácio do Planalto para o PT de Lula ou seria o Lula do PT ? Bom agora isso não vem ao caso. 
Os tucanos desde a tentativa totalmente frustrada de eleger um sucessor de Fernando Henrique, na época na pessoa de José Serra, em 2002 mostrou uma tendência fortíssima de conseguir enfiar os pés pelas mãos - ou no caso, as patas pelas asas - já que estamos falando de uma ave.  No pleito que elegeu Lula, Serra praticamente era uma voz clamando sozinho no deserto - embora essa imagem esteja mais ligada a São João Batista. Há quem diga até hoje que Serra fora abandonado propositalmente pelos grão-tucanos para que assim o caminho estivesse livre para a esquerda. Mas independente de acordos que resvalam em teorias da conspiração, o fato é que os tucanos não emplacam uma boa campanha eleitoral desde então. Haja vista que quatros anos depois, em um intervalo de tempo onde viu-se de tudo em Brasília, desde casas do terror, passando por amantes de senadores que saem nuas em playboys da vida e assistindo a irmãos de deputados do primeiro escalão petista que são detidos em aeroportos com dólares na cueca sem nos esquecermos do famoso Mensalão - que Lula jura de pé junto nunca ter existido, mas que abalou profundamente o governo e que fez cair muitos nomes fortes. Pois bem, nem mesmos todos esses fatos - que são os mais marcantes da época, deram impulso para a tentativa de eleger Geraldo Alckmin em 2006, que na época era chamado apenas de Geraldo, uma das "brilhantes" peças publicitárias do tucanato para deixar o candidato com mais cara de povão. Na verdade, o que se viu foi outro vôo solo e breve.
Agora para as eleições de 2010, que ainda nem começaram diga-se, o filme começa a se repetir ainda nos trailers, ou seja já no início -  o filme e as rachaduras dentro do partido. Primeiramente foi a disputa para ver quem seria o pré-canditado a pré-canditado para disputa eleitoral, Serra ou Aécio Neves, governador de Minas Gerais - que apenas para nos lembrar-mos é o segundo maior colégio eleitoral do país. Serra venceu e a racha já estava formada. Com o nome do candidato a presidente resolvido o PSDB passou a ter outro problema que até o momento foi o mais barulhento e desgastante para os tucanos. Com Serra candidato, quem seria seu vice ? Aécio seria o nome mais forte para a tentativa de uma "chapa puro-sangue", onde tanto o candidato a presidente como seu vice seriam tucanos. A outra solução seria realizar-se coligações principalmente com o PFL, quer dizer, com o Democratas, os quais nomeiariam o vice de Serra. Assim como o PT fez com o PMDB escolhendo Michel Temer para vice de Dilma e como os próprios tucanos fizeram no passado.
  • A chapa puro-sangue tucana desagrada a todos os outros partidos que irão apoiar o PSDB na empreitada - tais como PTB (de Roberto Jefferson), e o Democratas, que é nesse montante de siglas o partido mais forte. Uma chapa 100% tucana, pode gerar problemas de ordem geográfica, já que não é novidade o partido não ter tanta força em algumas regiões como o nordeste - região que colaborou e muito na reeleição de Lula em 2006.
  • Uma chapa tendo um vice de outro partido seria mais aceitável, pois daria mais força para os tucanos - afinal andorinha só não faz verão que dirá um tucano. E até mesmo pelo ponto de vista do poder. Dividir o poder sempre é mais salutar para a democracia.


Mas parece que o PSDB quer bancar o partido ariano e esta semana soltou a informação - não confirmada por Serra, vejam só, de que o vice seria o grão-tucano Álvaro Dias, atual senador pelo Paraná. Uma pessoa pública em um estado que Serra já tinha antes do anúncio a maioria dos votos, conforme pesquisas recentes. Parece que o PSBD quer ganhar onde já está ganho, ou seja, está chovendo no molhado. 
Observando sob o ponto de vista estratégico - dividir para conquistar - seria a melhor atadura para essas hemorragias que vem desde sempre fazendo o partido perder força. Já que os teimosos bicudos querem uma chapa somente sua, deveriam ter confiado o cargo de vice para algum nome onde o candidato tem menor potencial de voto: leia-se no norte ou nordeste. O que no caso poderiam se pensar em nomes como Arthur Virgílio, senador pelo Amazonas e líder do partido no Senado ou o presidente nacional do partido e péssimo coordenador de campanha, Sérgio Guerra, senador por Pernambuco.
Mas parece que esses nomes não interessam muito, parece até que o PSDB faz questão de perder as eleições nos estados dessas regiões - e que é bom explicar - são regiões que votam maciçamente no PT de Lula, Dilma, Jackes Wagner e por aí vai.

As pesquisas atuais já dão à Dilma vantagem nas pesquisas. Disso pode-se tirar duas conclusões. O efeito de suas aparições na mídia, impulsionada é claro por seu super-cabo eleitoral, o presidente Lula. A outra conclusão que pode ser analisada é que as brigas internas do PSDB já estão surtindo efeito - ou seja  o placar já registrou os gols contra que o partido fez questão de marcar.

Agora, para não perder mais este pleito que se anuncia e principalmente não perde-lo de barbada os tucanos terão de fazer muitos voos unidos, assim como fazem os patos, para que assim mais uma vez Serra e seu partido não sejam o pato da vez e deem assim mais quatros anos de poder para a esquerda.

domingo, 20 de junho de 2010

Os três Jotas e um dê

Essa semana tivemos as duas últimas e principais candidaturas à presidência da república oficializadas. Dilma Rousseff pelo PT e candidata da situação e José Serra, pelo PSDB, candidato da outra parte, a oposição, ou seja a parte que nos cabe. Mas devido ao barulho das vuvuzelas, essas notícias, que "nada tem de relevante", passaram pelo mesmo tom por nossos noticiários.  Agora é oficial, agora não tem mais volta. Em Outubro, saberemos qual o rumo que o país tomará para as próximas décadas e principalmente quais serão os relatos que teremos nos livros de história - isso avaliando a um longuíssimo prazo.
Com esse cenário atualizado, iremos aqui contar a história dos três Jotas e do um Dê. Sim, isso mesmo, pois em uma época em que as pessoas preocupam-se com as tecnologias renovadas em conceito do 3D nas telas de cinema e das casas, a real preocupação, dever ser dirigida a um outro conjunto de letras e números, traduzindo: J de James Hunter, J de Jan Carlzon, J de José Serra e D de Dilma Rousseff.

J de James: James Hunter, americano, é considerado atualmente um dos grandes papas da ciência da administração moderna. Com seu mega-seller O Monge e o Executivo, Hunter fez muitos administradores experimentados assim como estudantes que iniciavam sua jornada, refletir sobre o que é servir, sobre o que ser um líder. Porém, o livro fica no devaneio. Uma obra gostosa de ser lida, mas com gostinho de festa de criança que acaba as oito da noite para não atrapalhar os condôminos. Muito utópico, não reflete em nada a vida real e dura das administrações que todos tem de vivenciar, seja no comando de uma empresa, de uma escola, de um lar ou qualquer outro lugar ou situação. Basicamente, a idéia de James é transmitir a mensagem do líder que serve - ao melhor estilo Ghandhi, ou ao melhor Jesus Cristo. Mas a mensagem geral não é lá muito católica, como se diz no popular não enquanto da transferência do papel para a prática. E como todos os sonhos, é sempre lindo, como todos os planos que ficam apenas nos planos beira a perfeição.

J de Jan: Jan Carlzon, sueco, é a antítese prática de Hunter. Ex-presidente de uma empresa de aviação dinamarquesa nos anos oitenta, Jan revirou o mundo executivo na prática ao implantar o seus sistema de "inversão da pirâmide" onde todos devem ter o poder de decidir e de servir: "do presidente ao servente" sem nenhuma exceção. Pois, de acordo com Jan, quem está na linha de frente da batalha é quem deve ter também o poder nas mãos, na hora de uma decisão. Ou seja, falando em "administres" a parte operacional de uma empresa ou instituição é quem deve dar as cartas quando surgem os incêndios. Jan fez nos anos oitenta o que James diz que devemos fazer hoje, mas sem exemplos concretos. Jan com seu best-seller A Hora da Verdade, tornou-se um dos grandes mentores do pensamento acadêmico e prático da administração moderna, mas o fez lá atrás, em uma época em que a tecnologia de hoje, nem era pensada por assim dizer.


Esses autores, tem em comum, os seus pensamentos deixados para a administração moderna, serão, ambos, estudados e lidos durante muito tempo, suas obras acrescentaram intelectualmente para a academia e mudaram algumas cabeças que atuam na área. O primeiro com a teoria, o segundo com a prática comprovada das ações. Mas que relação eles tem como nossos presidenciáveis ? Algumas:



J de José Serra: Político experiente, já foi, deputado, senador, ministro, prefeito da maior cidade do país e governado do estado mais rico. José nessa análise, é a personificação de Jan Carlzon. José é a pratica aplicada e bem resolvida da vida pública. Assim como Jan, mostrou-se preparado para lidar com as situações na prática, indo da carteira de trabalho com o FGTS, aos remédios genéricos. José, não é sonho, utopia ou teoria, José, é fato.


D de Dilma: Burocrata. Dilma pode ser adjetivada desta maneira. Pois em sua biografia política ela apenas burocratizou. Não comandou, foi ministra e nada mais, o que para o cargo que pleiteia, não é o suficiente. Dilma nesse caso é o James Hunter, de Brasília. Apenas na teoria, nunca na prática. James carrega a utopia da servidão, Dilma do comunismo e da continuidade do projeto de manter o PT no poder.


Nessa análise do alfabeto da administração e do futuro do poder no Brasil, deve-se levar em consideração que o que está em jogo, é o futuro da nação e nesse caso deve-se considerar: sonho ou prática ? Utopia ou resultado ?
Nessa Hora da Verdade, chamada eleições, devemos sim sonhar com um Estado mais justo, correto e que beneficie o povo, mas isso só é conquistado usando a prática.













domingo, 13 de junho de 2010

Aquilo que é mais difícil

Existem diversas perguntas difíceis de serem respondidas, e há aquele jargão popular que diz que o que mata a pergunta é a resposta. Mas uma boa pergunta, certeira, precisa, pode muitas vezes salvar uma conversa ou uma entrevista. E agora me vem à mente uma pergunta bem difícil de se responder. O que é mais complicado ? Pronunciar corretamente o nome do presidente do Irã (Mahmoud Ahmadinejad) ou entender como alguém como ele chega e se mantém no poder ? O Irã sempre teve, desde os primórdios, uma relação conturbada com o poder e olha que estamos falando de um dos países mais antigos do mundo, citado até mesmo na Bíblia, mas com outro nome é claro. Mas aqui não iremos dar aula de história e sim tentar explanar a respeito dos absurdos antidemocráticos que MA sempre usou e nunca fez questão nenhuma de esconder. O presidente do Irã, país diga-se ultra religioso ou ultra islâmico, já carrega um fardo antidemocrático pesado, pois tudo o que é ultra, acaba indo na contra-mão da democracia. Estado deve ter religião ? É uma outra difícil pergunta, pois, ao impor ou expor uma determinada visão religiosa oficial o Estado imediatamente entra em choque com as outras religiões. E aqui entra o caso do Irã. O país possuí um líder que detem os poderes do Executivo no cargo de Presidente na pessoa de Mahmoud Ahmadinejad e tem um líder supremo ou religioso -  o aiatolá Ali Khamenei, que seria o papa dessa nação ou um quase rei, vamos assim dizer. Um cargo que daria as cartas acima do poder executivo eleito pelo povo. Vale lembrar que no caso de uma monarquia legítima como ainda existem em países como Inglaterra e Espanha a monarquia é constitucional parlamentarista e os reis e rainhas não intervêm de forma direta nas decisões do executivo, do judiciário e do legislativo, fato que nem sempre ocorre lá no Irã.

Mahmoud Ahmadinejad, a figura central desse narrativa é sem dúvidas de sombra alguém cheio de mistérios e é a pessoa pública nos dias atuais com a mente mais fechada (isso em diversos aspectos) e nebulosa que existe. Ele faz Vladimir Putin parecer fácil. Sim, Putin aquele ex-presidente da Rússia, hoje atual primeiro ministro que em oito anos no poder nunca, eu disse nunca, em um discurso mencionou a palavra democracia. Ta aí, alguém com essa postura consegue perder para Mahmoud Ahmadinejad. O presidente do Irã, conseguiu entrar para a história, ou para o seu lado sujo, ao desrespeitar totalmente verdades históricas como por exemplo negar não uma, mas quase sempre que o Holocausto existiu durante a segunda grande guerra ou ao ser reeleito num pleito que ninguém no mundo engoliu o resultado. Aliás, o mundo inteiro teve que engolir o resultado, porque na verdade ninguém aceitou a sua reeleição, marcada por violência contra seus opositores, fraude praticamente explícita do resultado e por aí vai. Parecia até uma das famosas eleições ao estilo Africano.
O presidente do Irã, hoje engloba a posição de “anti-amigo“ número um do mundo ocidental, já que a posição de inimigo público número um ainda pertence a Bin Laden.
Para continuar seus feitos, MA, quer porque quer desafiar a todos mantendo seu programa nuclear de enriquecimento de urânio, indo contra todos os protocolos, convenções e tratados que existem sobre o assunto.

O Mundo todo chiou quando MA começou com mais essa afronta. Quer dizer, com exceção de países como Coréia do Norte, Cuba, Afeganistão, Iemen e dois bobos da roda, que são Turquia e Brasil.  No caso turco pode-se acreditar que existe um viés financeiro, já que o país poderia por poderes legítmos mediar  o enriquecimento de urânio. Mas conseguir entender o que o Brasil e principalmente o presidente Lula estavam fazendo nesse miolo é tão difícil quanto soletrar o nome do responsável por mais essa dor de cabeça. O País de fato enfiou os pés pelas mãos e foi claramente usado por Washington, como foi verificado posteriormente por uma carta de Obama enviada a Brasília, onde em seu teor, o presidente Norte-americado pede a ajuda brasileira - nesse caso não para encerrar o problema como tentou vender Lula, mas sim para dar recados. Ou seja o presidente do Brasil é o office-boy da Casa Branca, diga-se.
Mas, voltemos ao contexto principal. A democracia nas mãos de Mahmoud Ahmadinejad e seus aiatolás simplesmente não existe e governa-se como se a humanidade estivesse ainda no século XIV ou algo assim. ONU, OTAN e siglas mais não tem tido muita utilidade e destreza para barrar o desenvolvimento do que claramente tornou-se uma  nova ditadura no mundo, um Saddan Hussein da década, em uma década que a democracia não tem tido muito mais altas do que baixas.


E, se isso fosse uma pergunta, essa sim seria fácil de responder.